São Paulo, quinta-feira, 08 de abril de 2010

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Governantes "escorregam" em tragédias

VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
DA REPORTAGEM LOCAL

É em desastres de proporções bíblicas, como o do Rio, que a capacidade dos governos de lidar com catástrofes é posta em xeque. Historicamente, reações do Estado foram quase tão desastrosas quanto as próprias tragédias.
Depois de duas semanas de críticas por reagir letargicamente ao furacão Katrina, que devastou Nova Orleans, o ex-presidente dos EUA George W. Bush assumia a responsabilidade pelas falhas no resgate e na manutenção da ordem.
Então governadora da Louisiana, Kathleen Blanco dizia esperar que os saqueadores fossem mortos a tiros por soldados.
A uma semana de deixar o poder, a ex-presidente do Chile Michelle Bachelet foi criticada pela demora em levar ajuda e reforço militar às regiões mais afetadas pelo terremoto deste ano para conter saques e desordem e pela falha no alerta de maremoto.
Em SC, o ex-governador Luiz Henrique da Silveira atribuiu as enchentes de 2008 à "chuva constante" e disse temer que o Estado tivesse o mesmo fim de Macondo, cidade fictícia que desaparece após uma chuva interminável no livro "Cem Anos de Solidão", do colombiano Gabriel García Márquez.


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