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Governantes
"escorregam"
em tragédias
VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
DA REPORTAGEM LOCAL
É em desastres de proporções bíblicas, como o
do Rio, que a capacidade
dos governos de lidar com
catástrofes é posta em xeque. Historicamente, reações do Estado foram quase tão desastrosas quanto
as próprias tragédias.
Depois de duas semanas
de críticas por reagir letargicamente ao furacão Katrina, que devastou Nova
Orleans, o ex-presidente
dos EUA George W. Bush
assumia a responsabilidade pelas falhas no resgate e
na manutenção da ordem.
Então governadora da
Louisiana, Kathleen Blanco dizia esperar que os saqueadores fossem mortos
a tiros por soldados.
A uma semana de deixar
o poder, a ex-presidente
do Chile Michelle Bachelet foi criticada pela demora em levar ajuda e reforço
militar às regiões mais afetadas pelo terremoto deste
ano para conter saques e
desordem e pela falha no
alerta de maremoto.
Em SC, o ex-governador
Luiz Henrique da Silveira
atribuiu as enchentes de
2008 à "chuva constante"
e disse temer que o Estado
tivesse o mesmo fim de
Macondo, cidade fictícia
que desaparece após uma
chuva interminável no livro "Cem Anos de Solidão", do colombiano Gabriel García Márquez.
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