São Paulo, quarta-feira, 08 de maio de 2002

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Na escola, policial só intervém em situações graves

DA REPORTAGEM LOCAL

Os policiais Joaquim Soares Neto, 33, e Celso Kitadani, 43, participaram do curso piloto do Ilanud e instituto Sou da Paz para policiamento comunitário. Ambos se disseram satisfeitos com a experiência, e acrescentaram apenas uma sugestão: além de PMs, o curso deveria reunir no mesmo espaço diretores e professores.
Os dois fazem parte da 3ª Companhia do 1º BPM e são veteranos na área de ensino. Neto trabalha há três anos na mesma escola, a Afiz Gebara, no Jardim São Luís (zona sul de SP). Já chama as secretárias e professoras pelo nome e conhece boa parte dos 1.600 alunos (do ensino fundamental ao médio) do prédio.
O cabo Celso está há mais tempo na área. Há 20 anos atua no policiamento escolar e hoje é responsável pela coordenação da equipe de 24 policiais fixos ou rondantes que cuidam da segurança em estabelecimentos de ensino na área da 3ª Companhia.
A diretora da Afiz Gebara, Maria Aparecida Aguiar da Rocha, reforça o papel de educador desses policiais.
Isso não significa, entretanto, competir com os professores, ressalva ela. Na Afiz Gebara, o policial nunca entra em sala de aula, e só é chamado em casos de briga ou delitos mais graves.
"Primeiro o professor tenta resolver os conflitos. Se não conseguir, chama a diretora. O policial é o último recurso", diz Maria Aparecida.
Ela se diz satisfeita com o espírito do policiamento comunitário implantado na região. "Se tentarem tirar o Neto daqui, eu chamo de volta", afirma a diretora.



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