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AMBIENTE
Objetivo é combater abusos na represa Guarapiranga e fiscalizar áreas de proteção aos mananciais da região metropolitana
Prefeitura e Estado preparam ação conjunta
DA REPORTAGEM LOCAL
A prefeitura paulistana e o governo do Estado de São Paulo,
ambos comandados pelo PSDB,
vão atuar em conjunto na fiscalização das áreas de proteção aos
mananciais da região metropolitana. A intenção é formalizar a
ação em junho, possivelmente no
dia 5, data em que se comemora o
Dia do Meio Ambiente.
O secretário estadual José Goldemberg confirmou a negociação
com a prefeitura e disse que as denúncias apontadas pelo ISA estão
sendo apuradas. No caso da carvoaria destruída na semana passada, em Embu-Guaçu, a secretaria já havia lavrado oito autos de
infração ambiental. Foi firmado
um Termo de Compromisso de
Recuperação Ambiental, mas o
responsável nada havia feito.
Apesar das autuações, seis dos
dez fornos estavam em funcionamento até a quarta-feira passada.
"Os meios que o Estado têm são
limitados. A multa não basta", admitiu Goldemberg. Ele afirmou
que a secretaria pode apenas autuar, enquanto a prefeitura pode
derrubar habitações construídas
em local proibido, por exemplo.
A ocorrência de fornos não é tão
incomum na área, conforme conta a secretária de Turismo e Meio
Ambiente de Embu-Guaçu, Jumara Bocatto, 50. "No mês passado, após uma fiscalização de rotina, derrubamos dois fornos."
A respeito do aterro de inertes
na várzea do Embu-Mirim, a pasta diz que o empreendimento tem
alvará de funcionamento.
A Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente de São Paulo
defende a criação de sedes físicas
de fiscalização em cada uma das
subprefeituras da área de mananciais: Parelheiros, Cidade Ademar, Capela do Socorro e M'Boi
Mirim. Para o titular da pasta,
Eduardo Jorge, dessa maneira os
subprefeitos ficariam mais perto
do problema e chefiariam os chamados "comandos das águas".
Vaquejada
A Prefeitura de São Paulo recebeu denúncias de que até vaquejadas -competições entre duplas a
cavalo que precisam derrubar um
boi, embaladas por forró- ocorrem na área de manancial. Porém,
ainda não houve flagrante para
punir os organizadores.
"Acho inadmissível o fatalismo
do pensamento de que a marcha
para o sul não pode ser revertida",
disse Eduardo Jorge. Numa ação
para desocupar uma área invadida em Guarapiranga neste ano,
ele disse ter notado um sentimento de que "sempre foi assim e
sempre vai ser" nos invasores, na
população do entorno, nos funcionários da prefeitura e na PM.
Há aproximadamente um mês,
uma ação da prefeitura paulistana
fechou uma carvoaria próxima do
parque Guarapiranga e multou
três responsáveis em R$ 1 milhão
cada um.
(AFRA BALAZINA)
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