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Ambientalista
cobra solução para mau uso do solo
DA REPORTAGEM LOCAL
Para o diretor da SOS Mata Atlântica, Mário Mantovani, a situação da Guarapiranga não vai melhorar com
a destruição de fornos, a prisão dos trabalhadores das
carvoarias clandestinas e a
expulsão dos invasores. "É
preciso chegar até quem
consome o carvão, em Santo
Amaro, e até quem vende lotes da Guarapiranga no largo
Treze de Maio", afirmou.
Segundo o ambientalista, é
necessário resolver a questão do mau uso do solo e integrar os Planos Diretores
das cidades da Região Metropolitana de São Paulo.
O diretor faz críticas ao
Programa Guarapiranga
(1995/2000), que teve financiamento do Banco Mundial
e custo de US$ 336 milhões.
"Não teve efeito nenhum.
Em Embu, onde moro, muita gente não fez ligação com
a rede coletora porque ficava
em R$ 150", disse. Segundo o
governo, o programa possibilitou a construção de duas
estações de tratamento e de
382 km de linhas coletoras,
entre outras intervenções.
Segundo o especialista em
recursos hídricos José Galizia Tundisi, do Instituto Internacional de Ecologia, todos os reservatórios de água
devem ter um cinturão verde de proteção bastante denso. "Quando se retiram a
mata e os pântanos, aumenta a presença de nitrogênio e
fósforo e os custos de tratamento da água crescem."
Para ele, tem de haver um
ordenamento urbano bastante claro na região. "Continuo achando necessária a
criação de um comitê de gerenciamento com cientistas
especializados em recursos
hídricos, pesquisadores do
Brasil e do exterior, que pudesse dirigir todo o sistema."
Ele afirmou também ser
necessário realizar estudos
para verificar como a poluição atmosférica prejudica os
reservatórios.
(AB)
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