São Paulo, sexta-feira, 08 de maio de 2009

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No Norte, um bebê morre e cobras aparecem em casas

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS

No Pará, um bebê de menos de um ano de idade morreu afogado no baixo Amazonas, no oeste do Estado, a região mais afetada pelas enchentes.
Em Santarém, a cheia do rio Tapajós inundou comunidades ribeirinhas inteiras. Tem chovido forte na cidade.
Em algumas casas, várias delas construídas sobre rios, o Corpo de Bombeiros foi chamado para retirar cobras, que deixaram seu habitat natural.
A Defesa Civil municipal diz que o contato com os animais é esporádico e, por isso, não representa um perigo real à população. Até agora, não foram registradas picadas.
No baixo Amazonas, são 177 mil pessoas afetadas direta ou indiretamente pelas águas. Outras 1.084 deixaram suas casas. Em Curuá, outros dois casos de crianças mortas são investigados para saber se estão relacionados às enchentes.
Entre hoje e amanhã, uma balsa com remédios deve chegar à região.
A Secretaria Nacional de Defesa Civil divulgou anteontem que o Amazonas tem 265.958 pessoas afetadas pelas cheias na bacia amazônica. São 44.609 pessoas desalojadas e 9.629 desabrigadas. Segundo a secretaria, quatro pessoas morreram em razão das cheias.
O governo do Amazonas não confirmou os dados da secretaria, incluindo as mortes. Até ontem, eram 170 mil pessoas atingidas e 100 mil fora de casa, de acordo com o governo.
As cidades mais afetadas são Anamã e Barreirinha, em razão das cheias dos rios Solimões e Amazonas, respectivamente.
As prefeituras estão removendo famílias para outras cidades, com pontos mais altos e distantes das margens dos rios. Muitas das casas acabaram sendo abandonadas.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, entre os meses de março e abril, quando a enchente se intensificou, morreram 19 pessoas por afogamento em acidentes de barcos e alagamentos no Estado do Amazonas. No mesmo período de 2008, foram 11 mortes. (JOÃO CARLOS MAGALHÃES e KÁTIA BRASIL)


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