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Polícia fica em alerta para possíveis ataques
Bases e batalhões fazem estratégia para indulto de Dia das Mães, para não repetir violência de 2006
Almeida Rocha/Folha Imagem
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Barreira em frente a batalhão da PM, no centro de São Paulo
DO "AGORA"
As polícias Civil e Militar
preparam ações especiais desde anteontem para evitar possíveis ataques do PCC (Primeiro Comando da Capital).
A preocupação é que os ataques feitos pela facção em 2006
se repitam neste ano, quando
cerca de 25 mil detentos receberam o benefício da saída
temporária do Dia das Mães,
entre 6 e 10 de maio.
Na tarde de ontem, a Polícia
Militar publicou em seu site
uma carta na qual admite que
as ações tomadas para o período do indulto de Dia das Mães
são preventivas.
"Nesta época, como já ocorreu em anos anteriores, é natural o surgimento de boatos relativos a maio de 2006. Portanto,
a fim de que a população se sinta mais segura, serão desencadeadas, de forma ininterrupta,
ações especiais de polícia ostensiva em todo o Estado", diz o
comunicado.
Atenção
Segundo um investigador da
Polícia Civil, que prefere não se
identificar, foi feita uma série
de recomendações aos policiais
que estarão em serviço no período. "A situação é igual a
2006. Houve uma ligação anônima avisando sobre possíveis
ataques e a chefia resolveu alertar todos os policiais", diz.
De acordo com o investigador, em maio de 2006, a situação era a mesma. "Começou
com um boato aqui, uma conversinha ali e, quando vimos os
ataques, já tinham acontecido."
Para evitar surpresas, desde
quinta-feira, as bases da Polícia
Militar, DPs e batalhões do
Corpo de Bombeiros estão cercados por cones e cavaletes.
De acordo com o investigador, o maior temor não são os
ataques a prédios.
"A suspeita é que o objetivo
da facção seria matar policiais à
paisana", ele conta.
Um funcionário ligado ao
Sindicato dos Carcereiros da
Polícia Civil do Estado de São
Paulo também confirma que
houve o alerta. "A ordem é ter
atenção total. Eles falaram para
não chegar muito tarde em casa
e evitar lugares tumultuados. O
clima entre os policiais é de
apreensão."
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