São Paulo, sábado, 08 de maio de 2010

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Polícia fica em alerta para possíveis ataques

Bases e batalhões fazem estratégia para indulto de Dia das Mães, para não repetir violência de 2006

Almeida Rocha/Folha Imagem
Barreira em frente a batalhão da PM, no centro de São Paulo

DO "AGORA"

As polícias Civil e Militar preparam ações especiais desde anteontem para evitar possíveis ataques do PCC (Primeiro Comando da Capital).
A preocupação é que os ataques feitos pela facção em 2006 se repitam neste ano, quando cerca de 25 mil detentos receberam o benefício da saída temporária do Dia das Mães, entre 6 e 10 de maio.
Na tarde de ontem, a Polícia Militar publicou em seu site uma carta na qual admite que as ações tomadas para o período do indulto de Dia das Mães são preventivas.
"Nesta época, como já ocorreu em anos anteriores, é natural o surgimento de boatos relativos a maio de 2006. Portanto, a fim de que a população se sinta mais segura, serão desencadeadas, de forma ininterrupta, ações especiais de polícia ostensiva em todo o Estado", diz o comunicado.

Atenção
Segundo um investigador da Polícia Civil, que prefere não se identificar, foi feita uma série de recomendações aos policiais que estarão em serviço no período. "A situação é igual a 2006. Houve uma ligação anônima avisando sobre possíveis ataques e a chefia resolveu alertar todos os policiais", diz.
De acordo com o investigador, em maio de 2006, a situação era a mesma. "Começou com um boato aqui, uma conversinha ali e, quando vimos os ataques, já tinham acontecido."
Para evitar surpresas, desde quinta-feira, as bases da Polícia Militar, DPs e batalhões do Corpo de Bombeiros estão cercados por cones e cavaletes.
De acordo com o investigador, o maior temor não são os ataques a prédios.
"A suspeita é que o objetivo da facção seria matar policiais à paisana", ele conta.
Um funcionário ligado ao Sindicato dos Carcereiros da Polícia Civil do Estado de São Paulo também confirma que houve o alerta. "A ordem é ter atenção total. Eles falaram para não chegar muito tarde em casa e evitar lugares tumultuados. O clima entre os policiais é de apreensão."


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