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VIOLÊNCIA
Promotoria de Campinas vai apurar ação policial ainda não esclarecida
Morte de aposentado será investigada
DA REDAÇÃO, EM CAMPINAS
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS
O Ministério Público Estadual
de Campinas (95 km de São Paulo) vai investigar o assassinato do
aposentado Jorge José Martins,
56, morto por um policial da Deas
(Delegacia Especializada Anti-Sequestro) em uma operação ainda
não esclarecida.
Os promotores Paulo Antônio
L. de Oliveira e Alexandre Montgomery Wild estavam acompanhando o caso havia 15 dias. Um
terceiro deve entrar na apuração
na próxima semana.
Ontem, uma nova perícia foi
realizada pela Corregedoria da
Polícia Civil do Estado na casa do
aposentado. A morte de Martins
aconteceu no dia 23 de maio,
quando 12 policiais da Deas invadiram a casa do aposentado em
busca de um possível cativeiro.
O delegado da Deas Edson Jorge
Aidar afirmou que a equipe só atirou no aposentado após ser recebida a tiros por ele. "Não houve
nenhuma irregularidade na
ação", afirmou o delegado.
O promotor Oliveira disse que a
Promotoria pretende ouvir o delegado titular da Deas, Joel Antônio dos Santos, e a família da vítima na próxima segunda-feira.
"Nenhum dos elementos que
constam no inquérito foram entregues até hoje [ontem" ao Ministério Público", disse Oliveira.
Pelo menos oito falhas foram
apontadas pela Ouvidoria da Polícia na ação da Deas: o mandado
de busca teria sido forjado, a vítima demorou para ser atendida, o
corpo foi arrastado da casa até o
carro, os familiares foram algemados e trancados, não existem
sinais de bala do lado de fora da
casa, nenhuma perícia teria sido
feita, o vidro da janela da casa
quebrou para dentro e a polícia
ainda não apresentou os nomes
dos policiais envolvidos.
Ontem, o promotor disse que
não foi informado sobre a nova
perícia feita pela corregedoria.
"Podemos, a partir de agora,
realizar uma ação integrada com
a corregedoria. Mas a palavra final será do Ministério Público."
O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Fermino Fecchio Filho, também apura o caso.
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