DA REPORTAGEM LOCAL

Telões, luzes, estruturas metálicas, cartazes gigantes -as prefeituras brasileiras e estrangeiras usam todos os recursos na hora de fazer marketing de seus programas sociais na Urbis 2002- Feira e Congresso Internacional de Cidades, que se encerra hoje no Anhembi, em São Paulo.
O evento, o primeiro do gênero, deu a oportunidade de trocar experiências nas plenárias, além da chance de aparecer na feira.
O espaço no pavilhão de exposições, alugado a cerca de R$ 300 o metro quadrado, foi ofertado não apenas às prefeituras, mas também a ONGs, entidades como Banco Mundial e a empresas que atuam no setor público. Os maiores estandes, no entanto, são ocupados por cidades petistas.
Dos 34 estandes de prefeituras brasileiras, 25 são de cidades administradas pelo PT. As demais são do PFL (3), PSDB (3), PMDB (2) e PDT (1). No total, são 44 estandes de prefeituras, sendo 10 estrangeiras.
Entre essas, a opção é divulgar a própria cidade como um bom endereço para negócios e turismo. Caso de Shangai (China) e Buenos Aires (Argentina).
O prefeito argentino, Aníbal Ibarra, se destacou nas conferências, que debateram os reflexos da globalização nas cidades. Ele relatou a sobrecarga que vêm recebendo os serviços públicos portenhos por causa da crise econômica, e, de sobra, trouxe uma comitiva de 60 operadores de turismo.
Já entre os estandes das prefeituras brasileiras, a opção majoritária é a do marketing de projetos sociais. O estande da Prefeitura de São Paulo, organizadora do evento, mostra projetos da área de habitação à de inclusão digital, ocupando toda o centro da feira.
Em todo o pavilhão, é possível verificar as diferenças entre programas como o Bolsa-Escola, do PSDB, e o Renda Mínima, do PT.
Outro destaque foi Boa Vista (RO). "Precisávamos conhecer outros programas para comparar com os nossos", disse a prefeita Teresa Jucá (PSDB). A cidade expôs um novo mapeamento digital, onde é possível ver até quantos banheiros tem cada casa. "Vimos que estamos é avançados."



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