DA REPORTAGEM LOCAL

O modelo de concessão de rodovias adotado em São Paulo foi o maior responsável pelo alto preço pago nos pedágios do Estado.
Implementada em 1995 pela gestão de Mário Covas (PSDB) e pilotada por Geraldo Alckmin, a "concessão onerosa" define como ganhador da licitação o concorrente que, sabendo dos investimentos a serem feitos, e do valor da tarifa fixada pelo governo, fizer a maior oferta pela concessão.
No processo de concessão das rodovias federais, a União privilegiou o concorrente que ofereceu a menor tarifa. Com isso, o preço pago pelos usuários das estradas tende a ficar mais baixo.
De acordo com estudo feito pela NTC (Associação Nacional do Transporte de Cargas), com o aumento de 7,04% nos preços dos pedágios, ocorrido na semana passada, as rodovias de São Paulo passaram a representar um acréscimo de cerca de 30% no custo operacional dos veículos que trafegam apenas por rodovias em que há cobrança.
O estudo aponta ainda que os benefícios gerados pelas realizações das concessionárias (ampliação e manutenção de pistas, melhoria da segurança, da sinalização e do socorro, por exemplo) representam uma economia de 20% nos custos de operação para as empresas transportadoras.
Mas, como os gastos com pedágio adicionam 30% ao montante das despesas, os transportadores perdem na relação entre custo e benefício. (VR)


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