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EDUCAÇÃO
Ministério quer aumentar repasses obrigatórios para o Fundeb, que garantirá piso de investimentos para o ensino básico
Tarso pede mais verba para novo fundo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro Tarso Genro (Educação) divulgou ontem as primeiras propostas da pasta para a criação do Fundeb, fundo que visa financiar o ensino básico. A divulgação ocorreu a praticamente um
mês do prazo previsto para entregar o projeto final do fundo ao Palácio do Planalto,
Entre dez pontos que serão debatidos com Estados e municípios
estão a inclusão dos 25% das receitas estaduais destinados à educação no novo fundo, a retirada
gradativa dos benefícios a servidores inativos dos gastos do setor
e a extinção progressiva da DRU
(Desvinculação de Receitas da
União, que permite ao governo
usar livremente 20% de suas receitas e reduzir os repasses obrigatórios para a educação, impostos pela Constituição).
O Fundeb, promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, vai substituir o atual
Fundef -que redistribui recursos só para o ensino fundamental,
de 1ª a 8ª série, para garantir um
gasto mínimo por aluno nas unidades da federação.
O novo fundo incluirá alunos
do ensino infantil e médio na redistribuição da verba. Estados e
municípios têm alegado que ele
só será possível se a União destinar mais recursos ao setor.
No Fundef, o governo federal é
obrigado a complementar a verba
das unidades da federação que
não conseguem atingir o valor
mínimo definido.
Para evitar que o piso do ensino
fundamental sofra redução em relação ao valor empregado hoje, o
MEC propõe estabelecer um valor
per capita de acordo com o que
estiver vigorando quando a proposta for aprovada.
Segundo Tarso, a União colocaria mais recursos no Fundeb por
meio da liberação progressiva da
DRU e medidas para evitar falta
de pagamento do salário-educação por parte das empresas. O governo estima que a inadimplência
seja de até R$ 1,5 bilhão por mês.
O ministério calcula que o dinheiro da DRU, se fosse totalmente repassado para a educação,
poderia render entre R$ 3 bilhões
e R$ 4 bilhões a mais por ano.
"Não é uma política de conflito
com a Fazenda [defensora da
DRU]. É um projeto para a educação", disse o secretário-executivo
do MEC, Fernando Haddad.
A previsão é que o projeto do
MEC esteja pronto até agosto.
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