São Paulo, quarta-feira, 08 de julho de 2009

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Polícia acha jogo do bicho virtual na Sé

Aparelho semelhante às máquinas de cartões de débito estava em uma banca que vendia raspadinhas e jogos prontos

Foi a segunda operação no local nesta semana; das 90 pessoas detidas anteontem, só 11 ainda estavam na prisão ontem


AFONSO BENITES
DA REPORTAGEM LOCAL

Uma nova blitz da Polícia Civil na praça da Sé encontrou ontem uma banca de jogo do bicho virtual. Foi a segunda operação no local nesta semana.
O aparelho, semelhante às máquinas de cartões de débito, estava em uma banca que vendia raspadinhas e jogos prontos da loteca, numa pequena porta na rua Senador Feijó.
Conforme a atendente da banca, que foi detida, com a máquina é possível fazer jogo do bicho on-line. No entanto, ela não quis detalhar como funcionava o esquema.
Segundo a polícia, essa é a primeira apreensão de uma máquina que faz o jogo do bicho virtual. "Já tinha ouvido falar desse aparelho, mas nunca tinha visto um. Agora, vamos tentar descobrir onde fica e quem é o responsável pela central que registra os jogos", disse o delegado Waldomiro Milanesi, do Deic (departamento que investiga o crime organizado).
Ontem, a Folha localizou no centro de São Paulo oito bancas que fazem o jogo do bicho. Em três delas, a venda eletrônica era feita de duas formas: 1) igual à encontrada na Sé; e 2) em um computador que enviava os dados para uma central.
Um desses equipamentos foi encontrado em uma casa lotérica, que tem seu funcionamento autorizado pela União.
O jogo do bicho é contravenção penal. A lei prevê a prisão (de quatro meses a um ano) de quem explorar o jogo.
Na manhã de ontem, policiais apreenderam também oito caça-níqueis na região da Sé. Na mesma operação, dois suspeitos de falsificar cheques foram detidos. Com eles, em um estúdio na Freguesia do Ó, zona norte, estavam mil folhas de cheques falsificadas, impressoras e um computador.
Anteontem, 90 pessoas foram detidas pela polícia na praça da Sé. Desse total, só 11 continuavam presas ontem por suspeita de tráfico de drogas, falsificação de documentos e receptação de produtos roubados. As demais 79 pessoas, segundo o Deic, foram libertadas por não terem nenhuma ligação com o crime organizado.


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