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Polícia acha jogo do bicho virtual na Sé
Aparelho semelhante às máquinas de cartões de débito estava em uma banca que vendia raspadinhas e jogos prontos
Foi a segunda operação
no local nesta semana;
das 90 pessoas detidas anteontem, só 11 ainda estavam na prisão ontem
AFONSO BENITES
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma nova blitz da Polícia Civil na praça da Sé encontrou
ontem uma banca de jogo do bicho virtual. Foi a segunda operação no local nesta semana.
O aparelho, semelhante às
máquinas de cartões de débito,
estava em uma banca que vendia raspadinhas e jogos prontos
da loteca, numa pequena porta
na rua Senador Feijó.
Conforme a atendente da
banca, que foi detida, com a
máquina é possível fazer jogo
do bicho on-line. No entanto,
ela não quis detalhar como funcionava o esquema.
Segundo a polícia, essa é a
primeira apreensão de uma
máquina que faz o jogo do bicho virtual. "Já tinha ouvido falar desse aparelho, mas nunca
tinha visto um. Agora, vamos
tentar descobrir onde fica e
quem é o responsável pela central que registra os jogos", disse
o delegado Waldomiro Milanesi, do Deic (departamento que
investiga o crime organizado).
Ontem, a Folha localizou no
centro de São Paulo oito bancas que fazem o jogo do bicho.
Em três delas, a venda eletrônica era feita de duas formas: 1)
igual à encontrada na Sé; e 2)
em um computador que enviava os dados para uma central.
Um desses equipamentos foi
encontrado em uma casa lotérica, que tem seu funcionamento autorizado pela União.
O jogo do bicho é contravenção penal. A lei prevê a prisão
(de quatro meses a um ano) de
quem explorar o jogo.
Na manhã de ontem, policiais apreenderam também oito caça-níqueis na região da Sé.
Na mesma operação, dois suspeitos de falsificar cheques foram detidos. Com eles, em um
estúdio na Freguesia do Ó, zona norte, estavam mil folhas de
cheques falsificadas, impressoras e um computador.
Anteontem, 90 pessoas foram detidas pela polícia na praça da Sé. Desse total, só 11 continuavam presas ontem por
suspeita de tráfico de drogas,
falsificação de documentos e
receptação de produtos roubados. As demais 79 pessoas, segundo o Deic, foram libertadas
por não terem nenhuma ligação com o crime organizado.
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