São Paulo, quinta-feira, 08 de agosto de 2002

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EDUCAÇÃO

Segundo a reitoria, reformas e obras de infra-estrutura exigem mais R$ 14,2 milhões; MEC ainda não liberou verba

UFRJ deve R$ 9,2 mi para Light e Telemar

SABRINA PETRY
DA SUCURSAL DO RIO

A dívida com a Light, concessionária de energia elétrica do Rio de Janeiro, não é o único problema a ser enfrentado pela reitoria da maior universidade federal do país, a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
Além dos R$ 5,8 milhões referentes às contas de luz dos meses de janeiro a maio deste ano que não foram pagas, mais R$ 1,4 milhão (a última parcela, de um total de quatro) terá de ser quitado em março do próximo ano. O valor é relativo a outra dívida com a Light, contraída em 1994 também por falta de pagamento.
Há também uma dívida com a Telemar de aproximadamente R$ 2 milhões. A UFRJ não prevê quando quitará a dívida.
Para tentar amenizar os problemas da universidade, dias depois de ter assumido o posto, o reitor Carlos Lessa elaborou um plano de emergência para a UFRJ, entregue ao MEC (Ministério da Educação) no mês passado. Listadas todas as reformas, obras de manutenção e extensão da infra-estrutura da universidade, o plano foi orçado em R$ 14.217.135.
Entre as medidas de emergência previstas estão reformas de infra-estrutura e equipamentos necessários ao funcionamento básico da instituição, como a melhora dos banheiros, das redes de combate a incêndios, das sinalizações de emergência e das redes de distribuição de energia e de água.
Somadas, essas obras já superam o total que o MEC informou ser capaz de colocar à disposição (R$ 10 milhões): R$ 10.160.135.
Também estão previstas no plano outras reformas igualmente importantes e necessárias aos campi, como as que visam acabar com a deterioração dos telhados e coberturas dos prédios e com a falta de monitoramento de água potável consumida por alunos e funcionários da universidade.
A descupinização, a impermeabilização das paredes e a higienização dos livros da biblioteca do IFCS (Instituto de Filosofia e Ciências Sociais), no centro, além do aumento e do conserto da iluminação nas vias públicas do campus da Ilha do Fundão (zona norte), são outras medidas necessárias, segundo a nova reitoria. A ausência de postes de luz e o fato de muitos deles estarem sem lâmpadas contribuem para a falta de segurança no campus.
Segundo o relatório, as irregularidades listadas representam "riscos potenciais à saúde e à vida humana e ao patrimônio público, impedindo o pleno desenvolvimento das atividades acadêmicas e de pesquisa".
Apesar de o ministério ter informado, após uma reunião com Lessa e com o sub-reitor de finanças e patrimônio da UFRJ, Oscar Acselrad, que colocaria à disposição R$ 10 milhões para a realização das obras emergenciais, até agora, a verba não foi liberada. Segundo o reitor, o ministro Paulo Renato Souza não deu um prazo para a liberação do dinheiro.



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