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EDUCAÇÃO
Segundo a reitoria, reformas e obras de infra-estrutura exigem mais R$ 14,2 milhões; MEC ainda não liberou verba
UFRJ deve R$ 9,2 mi para Light e Telemar
SABRINA PETRY
DA SUCURSAL DO RIO
A dívida com a Light, concessionária de energia elétrica do Rio
de Janeiro, não é o único problema a ser enfrentado pela reitoria
da maior universidade federal do
país, a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
Além dos R$ 5,8 milhões referentes às contas de luz dos meses
de janeiro a maio deste ano que
não foram pagas, mais R$ 1,4 milhão (a última parcela, de um total
de quatro) terá de ser quitado em
março do próximo ano. O valor é
relativo a outra dívida com a
Light, contraída em 1994 também
por falta de pagamento.
Há também uma dívida com a
Telemar de aproximadamente R$
2 milhões. A UFRJ não prevê
quando quitará a dívida.
Para tentar amenizar os problemas da universidade, dias depois
de ter assumido o posto, o reitor
Carlos Lessa elaborou um plano
de emergência para a UFRJ, entregue ao MEC (Ministério da
Educação) no mês passado. Listadas todas as reformas, obras de
manutenção e extensão da infra-estrutura da universidade, o plano foi orçado em R$ 14.217.135.
Entre as medidas de emergência
previstas estão reformas de infra-estrutura e equipamentos necessários ao funcionamento básico
da instituição, como a melhora
dos banheiros, das redes de combate a incêndios, das sinalizações
de emergência e das redes de distribuição de energia e de água.
Somadas, essas obras já superam o total que o MEC informou
ser capaz de colocar à disposição
(R$ 10 milhões): R$ 10.160.135.
Também estão previstas no plano outras reformas igualmente
importantes e necessárias aos
campi, como as que visam acabar
com a deterioração dos telhados e
coberturas dos prédios e com a
falta de monitoramento de água
potável consumida por alunos e
funcionários da universidade.
A descupinização, a impermeabilização das paredes e a higienização dos livros da biblioteca do
IFCS (Instituto de Filosofia e
Ciências Sociais), no centro, além
do aumento e do conserto da iluminação nas vias públicas do
campus da Ilha do Fundão (zona
norte), são outras medidas necessárias, segundo a nova reitoria. A
ausência de postes de luz e o fato
de muitos deles estarem sem lâmpadas contribuem para a falta de
segurança no campus.
Segundo o relatório, as irregularidades listadas representam "riscos potenciais à saúde e à vida humana e ao patrimônio público,
impedindo o pleno desenvolvimento das atividades acadêmicas
e de pesquisa".
Apesar de o ministério ter informado, após uma reunião com
Lessa e com o sub-reitor de finanças e patrimônio da UFRJ, Oscar
Acselrad, que colocaria à disposição R$ 10 milhões para a realização das obras emergenciais, até
agora, a verba não foi liberada. Segundo o reitor, o ministro Paulo
Renato Souza não deu um prazo para a liberação do dinheiro.
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