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Justificativa está em licitação,
diz prefeitura
DA REPORTAGEM LOCAL
A justificativa apresentada
nos contratos de permissão dos
perueiros para a inclusão da regra de transição, não prevista
no edital, baseia-se em um esclarecimento feito em outra licitação -a de concessão dos
serviços de ônibus.
Segundo Adauto Farias, diretor-adjunto de gestão econômica e financeira da SPTrans,
também foi feito um esclarecimento na licitação dos perueiros "que deveria ter constado
das justificativas dos contratos". "É só um detalhe", diz.
A SPTrans nega a ilegalidade
da regra de transição sob a alegação de que ela não estabelece
modificações no teor do edital.
Para Farias, os repasses entre
os sistemas dos perueiros e das
empresas de ônibus estavam
previstos "no conceito" da licitação. "A falta das catracas eletrônicas impede hoje que a remuneração seja calculada daquela forma. Mas os sistemas
têm vasos que se comunicam.
O espírito do edital previa essa
compensação de custos."
Embora reconheça não haver
controle da demanda dos perueiros e do sistema bairro-a-bairro, ele diz que a remuneração total dos autônomos na
transição "não vai ser exatamente igual, mas deve ser muito parecida" com a do edital.
"As cobranças das taxas a título de equilíbrio econômico-financeiro ferem o princípio da
publicidade e da vinculação ao
edital, que não previa tal contrapartida por parte dos operadores, mas só 3,5% a título de
despesas de gerenciamento,
fiscalização e planejamento
operacional", diz Nilton Cesar
Ceniccola, advogado que representa cooperativas de transporte das zonas norte e sul.
Para ele, a taxação ameaça a
sobrevivência do perueiro, que
ainda paga prestações mensais
do veículo de até R$ 3.000.
(AI)
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