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Em Alagoas, até janela é furtada
DA REPORTAGEM LOCAL
Nem roubo de carros, nem de
bicicletas, nem de objetos de estudantes. Na Universidade Federal
de Alagoas (Ufal), a principal
ocorrência é o crime contra o patrimônio. Não são extraviados, no
entanto, equipamentos caros, como objetos de laboratório. O alvo,
segundo a pró-reitora de administração em recursos humanos,
Sílvia Regina Cardeal, são placas
de bronze, hidrantes, torneiras,
válvulas e até janelas.
"São incidências que não nos
surpreendem, apesar de tudo,
pois refletem uma problemática
social do Estado e do país."
Devido ao problema, de acordo
com a pró-reitora, há dois anos o
sistema de segurança vem passando por uma reformulação.
No lugar da vigilância humana
armada, entrou a segurança eletrônica. As salas de pesquisa e de
administração, os laboratórios e
as bibliotecas já têm sensores e toda a área externa é monitorada
por um circuito de TV.
Como apoio, 11 homens fazem
ronda a pé, de carro e de moto,
sob a coordenação de um controle central, que monitora também
toda a parte eletrônica.
"Curiosamente, a instalação da
segurança eletrônica reduziu o
número de furtos, mas não as tentativas", diz a pró-reitora. "E, nos
últimos dois meses, surgiu um
outro alvo dos furtos: a fiação. É o
que mais tem sido extraviado da
universidade. Tanto fios elétricos
quanto telefônicos e óticos."
De acordo com informações da
universidade, esses crimes acontecem principalmente no período
noturno e nos fins de semana. Por
isso a instituição passou a contar
também com uma parceria com
as Polícias Militar e Civil, que
prestam suporte com rondas nas
áreas externas do campus. Em
troca, a universidade oferece treinamentos aos oficiais.
Mas, se a mudança do sistema
de segurança não evita a ocorrência de tentativas de furtos, segundo a pró-reitora, pelo menos elimina um outro problema. "O desarmamento dos seguranças
trouxe mais tranqüilidade ao
campus, pois os vigias tinham
constantemente as armas roubadas, e elas eram usadas contra eles
próprios. "Um segurança que ficou paraplégico", afirma Cardeal.
(MAYRA STACHUK)
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