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PCC incendeia 5 carros de polícia próximo ao Deic
KLEBER TOMAZ
DA REPORTAGEM LOCAL
"Parecia a guerra de Israel
contra o Líbano." A frase acima
é da dona-de-casa Claudete Milagres, 55, que acordou na madrugada de ontem com o barulho das explosões e tiros enquanto cinco carros blazers da
Polícia Civil queimavam num
estacionamento particular perto do Deic (Departamento de
Investigações sobre o Crime
Organizado), na zona norte.
Milagres mora próximo à rua
Antonio dos Santos Neto, 59,
no bairro de Santana, onde veículos do Deic foram incendiados às 5h10 por cinco homens,
quatro deles encapuzados, do
PCC (Primeiro Comando da
Capital).
Três garrafas de coquetel
molotov foram usadas pelos
criminosos, que haviam pulado
o muro do estabelecimento
portando armas e rendido dois
seguranças. Ninguém foi ferido
ou preso. A polícia fez retrato
falado de um dos suspeitos.
Apesar de não ter havido troca de tiros com a polícia, disparos de arma de fogo foram ouvidos por vizinhos porque pentes
de munição que estavam dentro dos carros de polícia explodiram com o tanque de combustível dos veículos. A informação é de policiais do Garra
(Grupo Armado de Repressão a
Roubos e Assaltos), mas o Deic
nega que isso tenha ocorrido.
De acordo com o Deic, foi a
primeira vez em 20 anos que o
departamento sofreu um ataque como o de ontem.
Por causa da ação, a avenida
Zaki Narchi, onde fica a sede do
órgão, foi interditada e o policiamento, reforçado. O Deic informou que coloca seus carros
em estacionamentos particulares na região por falta de espaço
na sede.
Acordo
O proprietário do estacionamento, Valdemar de Oliveira,
afirma que o Deic deixa há seis
anos carros no local e não paga
por isso. "É um acordo. Investigadores também estacionam
seus carros particulares aqui",
diz Oliveira, que afirma cobrar
mensalidade de R$ 50 desses
policiais. Um carro particular e
uma moto também foram queimados no ataque.
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