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Policiais à paisana voltam a vigiar ônibus
Haverá também policiamento ostensivo nos principais corredores da Grande SP
Comando da PM anuncia que operações contra o PCC terão o dobro de homens e o triplo de automóveis que possuem atualmente
DA REPORTAGEM LOCAL
Policiais à paisana voltarão a
fazer a segurança dentro dos
ônibus por conta da terceira
onda de ataques ao Estado, que
começou na madrugada de ontem. Haverá também policiamento ostensivo nos principais
corredores de ônibus da Grande São Paulo. Além disso, o número de homens em operações
contra o PCC será duplicado, e
o de carros, triplicado.
O anúncio foi feito ontem pelo comandante da Polícia Militar, coronel Elizeu Eclair Borges, depois que pelo menos 24
ônibus foram atacados no Estado, nove deles na capital, segundo a SPTrans.
À noite, devido à destruição
de pelo menos quatro outros
ônibus, as viações Vida Azul e
Itaim Paulista decidiram recolher toda a sua frota das ruas.
As empresas fazem transporte
urbano a partir da zona leste.
Por conta dos ataques e também de ameaças, as cooperativas de microônibus e vans circularam ontem só com 30% da
frota ontem (2.000 carros),
conforme o sindicato da categoria, que diz que 2,3 milhões
de pessoas foram afetadas.
O número de passageiros
prejudicados não foi confirmado pela SPTrans. Segundo a
empresa, os passageiros não ficaram a pé porque os ônibus
circularam normalmente. Mas,
com a falta de vans, terminais
de ônibus e metrô tiveram movimento excepcional à noite.
A SPTrans também determinou às cooperativas a imediata
regularização dos serviços, sob
pena de instaurar processos administrativos que podem evoluir para rescisão do contrato.
Segundo Senival Pereira de
Moura, presidente do sindicato
de operadores de microônibus,
os carros ficaram nas garagens
porque a categoria foi ameaçada. "Alguns motoqueiros ameaçaram queimar ou quebrar os
veículos caso eles não voltassem para a garagem. E quem
deve nos dar segurança é o poder público. Os operadores não
podem correr risco de vida."
Segundo ele, não é possível dizer que as cooperativas circularão normalmente hoje.
Postos e bancos
Além dos ônibus, 12 postos
de gasolina foram atacados no
Estado, conforme a Secretaria
de Segurança Pública. Na capital, o caso mais grave ocorreu às
5h, na marginal Tietê, perto da
ponte da Casa Verde (zona norte). Três homens renderam o
frentista, roubaram o caixa e
espalharam gasolina, ateando
fogo. Não houve feridos.
Vinte minutos depois, um
posto foi atacado na rua Alagoas, em Higienópolis (região
central), em frente à Faap. Homens num Corsa fizeram disparos e jogaram coquetéis molotov. A explosão não chegou a
causar incêndio. No mesmo
bairro, um posto foi atacado na
rua Conselheiro Brotero.
Uma bomba de gasolina explodiu em um posto na avenida
Cerro Corá, na Lapa (zona oeste). Como ninguém viu suspeitos, a polícia investiga se foi ataque ou problema técnico.
(DANIELA TÓFOLI, FÁBIO TAKAHASHI, FERNANDA BASSETTE E AGÊNCIA FOLHA)
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