São Paulo, terça-feira, 08 de agosto de 2006

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Procurador pretende evitar que 113 saiam dos presídios no Dia dos Pais

DA REPORTAGEM LOCAL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O procurador-geral de Justiça, Rodrigo Rebello Pinho, vai pedir à Justiça a anulação da saída temporária de 113 presos envolvidos com o PCC identificados pelo serviço de inteligência da polícia. Até ontem, 8.852 detentos conseguiram o benefício, segundo o Ministério Público. Caso os presos do PCC ganhem liberdade, serão monitorados pela polícia.
A Folha apurou que Pinho iria se reunir ontem à noite com o comandante da PM, coronel Elizeu Eclair Teixeira Borges, para receber os nomes dos membros da facção que terão o benefício.
Pinho defendeu a regressão de pena de presos ligados ao PCC que estão em regime semi-aberto. A idéia é que eles passem para o regime fechado, sem direito a saída temporária. "Não tem sentido presos ligados à organização criminosa poderem sair no Dia dos Pais."
Pinho disse acreditar que o PCC deve ser tratado como uma organização criminosa com emprego de métodos terroristas. Ele afirmou que o momento é adequado para lembrar o Congresso Nacional sobre a necessidade de se aprovar um pacote de medidas que dão maior rigor à legislação penal em relação aos líderes de organizações criminosas. Uma das sugestões é ampliar o isolamento deles no RDD (Regime Disciplinar Diferenciado) de dois anos para quatro anos.
Após os ataques, Pinho recebeu o governador Cláudio Lembo (PFL) e o ministro Márcio Thomaz Bastos para uma reunião de emergência. O encontro foi fechado e o teor da conversa não foi revelado. No momento em que entraram na sala, os três conversavam sobre a Taça Libertadores da América. (KLEBER TOMAZ E REGIANE SOARES)


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