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Procurador pretende evitar que 113 saiam dos presídios no Dia dos Pais
DA REPORTAGEM LOCAL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O procurador-geral de Justiça, Rodrigo Rebello Pinho, vai
pedir à Justiça a anulação da
saída temporária de 113 presos
envolvidos com o PCC identificados pelo serviço de inteligência da polícia. Até ontem, 8.852
detentos conseguiram o benefício, segundo o Ministério Público. Caso os presos do PCC
ganhem liberdade, serão monitorados pela polícia.
A Folha apurou que Pinho
iria se reunir ontem à noite
com o comandante da PM, coronel Elizeu Eclair Teixeira
Borges, para receber os nomes
dos membros da facção que terão o benefício.
Pinho defendeu a regressão
de pena de presos ligados ao
PCC que estão em regime semi-aberto. A idéia é que eles
passem para o regime fechado,
sem direito a saída temporária.
"Não tem sentido presos ligados à organização criminosa
poderem sair no Dia dos Pais."
Pinho disse acreditar que o
PCC deve ser tratado como
uma organização criminosa
com emprego de métodos terroristas. Ele afirmou que o momento é adequado para lembrar o Congresso Nacional sobre a necessidade de se aprovar
um pacote de medidas que dão
maior rigor à legislação penal
em relação aos líderes de organizações criminosas. Uma das
sugestões é ampliar o isolamento deles no RDD (Regime
Disciplinar Diferenciado) de
dois anos para quatro anos.
Após os ataques, Pinho recebeu o governador Cláudio
Lembo (PFL) e o ministro
Márcio Thomaz Bastos para
uma reunião de emergência. O
encontro foi fechado e o teor da
conversa não foi revelado. No
momento em que entraram na
sala, os três conversavam sobre
a Taça Libertadores da América.
(KLEBER TOMAZ E REGIANE SOARES)
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