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DIRCEU DE SOUZA AQUINO (1923-2009)
Um advogado que filmava confraternizações
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Não havia reunião familiar
que não fosse registrada pela
lente de Dirceu de Souza
Aquino, advogado formado
pela USP em meados dos
anos 60. O acervo de filmes
caseiros que o cinegrafista
amador deixou, conta o filho
também Dirceu, é enorme.
Nos últimos tempos, havia
conseguido um aparelho para digitalizar o conteúdo das
antigas fitas VHS, a fim de
poder editar seus vídeos. Não
conseguiu, porém, levar
adiante o projeto.
No sábado, sofreu um infarto após passar por uma cirurgia. Morreu aos 85.
Dirceu foi funcionário da
Alpargatas e da Ford -na última, trabalhou por cerca de
20 anos e lá se aposentou ao
completar 60. Continuou advogando para pessoas próximas por mais alguns anos.
"Mais vale um mau acordo
do que uma boa briga", dizia
sobre seu ofício de advogado.
Depois, arrumou atividades para não ficar parado:
aprendeu violão e órgão.
Com a mulher, fez peças
num tear, como mantas, que
acabaram sendo vendidas.
Também se dedicou a pesquisar a árvore genealógica
da família. "Ele punha paixão
em tudo o que fazia", diz o filho. Sua principal preocupação era manter a unidade familiar. O Natal, para ele, era o
grande momento do ano. O
filho diz que pretende dar
continuidade a esse espírito
de confraternização do pai.
Deixa três filhos, sete netos e dois bisnetos. A missa
de sétimo dia será hoje, às
16h, na paróquia Divino Espírito Santo, em SP.
coluna.obituario@uol.com.br
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