São Paulo, sábado, 08 de agosto de 2009

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DIRCEU DE SOUZA AQUINO (1923-2009)

Um advogado que filmava confraternizações

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Não havia reunião familiar que não fosse registrada pela lente de Dirceu de Souza Aquino, advogado formado pela USP em meados dos anos 60. O acervo de filmes caseiros que o cinegrafista amador deixou, conta o filho também Dirceu, é enorme.
Nos últimos tempos, havia conseguido um aparelho para digitalizar o conteúdo das antigas fitas VHS, a fim de poder editar seus vídeos. Não conseguiu, porém, levar adiante o projeto.
No sábado, sofreu um infarto após passar por uma cirurgia. Morreu aos 85. Dirceu foi funcionário da Alpargatas e da Ford -na última, trabalhou por cerca de 20 anos e lá se aposentou ao completar 60. Continuou advogando para pessoas próximas por mais alguns anos. "Mais vale um mau acordo do que uma boa briga", dizia sobre seu ofício de advogado.
Depois, arrumou atividades para não ficar parado: aprendeu violão e órgão. Com a mulher, fez peças num tear, como mantas, que acabaram sendo vendidas.
Também se dedicou a pesquisar a árvore genealógica da família. "Ele punha paixão em tudo o que fazia", diz o filho. Sua principal preocupação era manter a unidade familiar. O Natal, para ele, era o grande momento do ano. O filho diz que pretende dar continuidade a esse espírito de confraternização do pai.
Deixa três filhos, sete netos e dois bisnetos. A missa de sétimo dia será hoje, às 16h, na paróquia Divino Espírito Santo, em SP.

coluna.obituario@uol.com.br


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