São Paulo, terça-feira, 08 de setembro de 2009

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"Não criei uma assassina", diz mãe de Simone

BRUNO CUNHA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

Abalada com a prisão da filha na Itália, a cabeleireira Márcia Cipriano Moreira, 47, atribuiu ontem uma possível contradição no depoimento que Simone Moreira deu à polícia italiana à dor provocada pela morte de Giuliana, de dois anos.
Desde a morte da neta, na quarta-feira, segundo ela, Simone ficou desnorteada e fora de controle. "Ela me ligou às 2h30 comunicando a morte da Giuliana. Não falava coisa com coisa e repetia sem parar: "Perdi minha porcelana". Estava em estado de choque", contou.
Fora de controle, segundo Márcia, a filha prestou o primeiro depoimento à polícia no dia do óbito e o segundo, na quinta-feira. "Logo após o interrogatório, Simone passou mal e foi levada ao hospital pela comadre. Desde então, está sob efeito de sedativos e já quis até cometer suicídio", declarou.
Nervosa, Márcia não acredita na hipótese de assassinato. "Pela criação que dei a ela, não acredito que tenha cometido um crime desses. Era levada e teimosa quando criança, mas não é uma assassina. Foi uma fatalidade, um acidente."
Ela mostrou preocupação com a situação de Simone, que também é mãe de Lucas, 5, e, segundo um vizinho, trouxe o menino ao Brasil para morar com Márcia há cerca de 20 dias. "Ela está descontrolada, sozinha, sem um parente por perto, perdeu a filha, foi caluniada e presa", disse ela, que afirma não ter condições financeiras para ir neste momento à Itália.
Márcia conta ter visto a neta somente três vezes. A última delas, no Carnaval. "Passeamos pela Barra e fomos a Copacabana, onde os pais de Giuliana se conheceram."
Segundo Márcia, a filha conheceu o italiano Michele Favaro no Carnaval de 2006. Três meses depois, foi morar com ele na Itália. Simone ligou para a mãe em junho daquele ano comunicando a gravidez.
O casal se separou no início deste ano após algumas brigas, segundo Márcia.


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