São Paulo, quinta-feira, 08 de setembro de 2011

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PM 'não sabia da briga', apesar de alerta de organizador de show

Secretário diz que polícia não foi avisada sobre confronto de gangues em Pinheiros

GIBA BERGAMIM JR.

DE SÃO PAULO

RAFAEL ITALIANI
DO "AGORA"

Na entrevista que concedeu ontem durante o desfile de 7 de Setembro, Antonio Ferreira Pinto afirmou que a PM não sabia que haveria o confronto entre gangues que acabou com um punk morto e um skinhead ferido no último sábado, em Pinheiros, zona oeste paulistana.
Porém, em ofício enviado à 4ª Companhia do 23º Batalhão da Polícia Militar, organizadores do show que aconteceu no Carioca Club pediram reforço no policiamento.
O documento detalhava quais gangues poderiam estar ali e alertava que um confronto entre elas havia sido anunciado pela internet.
A guerra envolvendo punks e neonazistas começou por volta das 19h30, pouco antes do início da apresentação da banda Cock Sparrer.
Embora a PM tenha confirmado o recebimento do documento, Ferreira Pinto disse que a polícia agiu "assim que teve condições de agir".
"A polícia não sabia que haveria o confronto. Se soubesse, impediria", afirmou o secretário ontem.
A Folha teve acesso ao documento, enviado no dia 29 de agosto -cinco dia antes do show. "Gostaríamos de pedir respeitosamente um patrulhamento reforçado", diz o ofício escrito por Marcio Faveri, diretor-executivo da Web Rockers Entertainment.
O ofício diz que a banda atrai skinheads nazistas e não nazistas. No dia da briga, PMs foram ao clube e circularam pela região. Durante o confronto entre as duas gangues, porém, só havia dois PMs de moto no local. O reforço chegou no fim da briga.


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