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São Paulo, quarta-feira, 08 de outubro de 2003

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CRIME ORGANIZADO

Operação da PF prende 14 no Rio e no MA

MARIO HUGO MONKEN
DA SUCURSAL DO RIO

Uma operação deflagrada ontem pela Polícia Federal no Rio de Janeiro e no Maranhão resultou na prisão de 14 pessoas acusadas de pertencer a uma suposta organização criminosa que venderia produtos químicos controlados a traficantes de drogas. A quadrilha teria ramificações em São Paulo.
"Com as substâncias, os traficantes transformavam 1 kg de cocaína em 9 kg", disse o delegado Antônio Carlos Rayol, titular da Delepren (Delegacia de Repressão a Entorpecentes da PF).
A operação, chamada "Propasta", consistiu no cumprimento de 26 mandados de prisão e 26 de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal do Rio. Cento e vinte policiais federais participaram da operação. As investigações começaram há oito meses.
A suposta quadrilha, segundo a PF, vendia aos traficantes insumos comprados pelas empresas Saldequímica Comercial Ltda. e Saldec Produtos Químicos e Pecuários Ltda. O suposto dono delas, Ibrahim Aziz Simão, o Zinho, foi preso em São Luís (MA).
Entre os presos, estão empresários, intermediadores e integrantes de supostas quadrilhas de traficantes. Eles negam as acusações.
As investigações indicam que seriam vendidos por semana 250 kg de produtos químicos por cerca de R$ 60 mil. Entre eles estão a procaína, a cafeína e a lidocaína.
Segundo o delegado Lorenzo Pompilho da Hora, da Delepren, um dos compradores é Róbson André da Silva, o Robinho Pinga, chefe do Terceiro Comando Puro.

Outro lado
Um representante da Saldec e da Saldequímica negou a acusação. Em entrevista à TV Globo, José Elias Bastos afirmou que as empresas têm como clientes laboratórios farmacêuticos. "Temos guias de importação e notas fiscais." A Folha não conseguiu localizar os advogados das firmas.


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