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CRIME ORGANIZADO
Operação da PF prende 14 no Rio e no MA
MARIO HUGO MONKEN
DA SUCURSAL DO RIO
Uma operação deflagrada ontem pela Polícia Federal no Rio de
Janeiro e no Maranhão resultou
na prisão de 14 pessoas acusadas
de pertencer a uma suposta organização criminosa que venderia
produtos químicos controlados a
traficantes de drogas. A quadrilha
teria ramificações em São Paulo.
"Com as substâncias, os traficantes transformavam 1 kg de cocaína em 9 kg", disse o delegado
Antônio Carlos Rayol, titular da
Delepren (Delegacia de Repressão a Entorpecentes da PF).
A operação, chamada "Propasta", consistiu no cumprimento de
26 mandados de prisão e 26 de
busca e apreensão expedidos pela
Justiça Federal do Rio. Cento e
vinte policiais federais participaram da operação. As investigações começaram há oito meses.
A suposta quadrilha, segundo a
PF, vendia aos traficantes insumos comprados pelas empresas
Saldequímica Comercial Ltda. e
Saldec Produtos Químicos e Pecuários Ltda. O suposto dono delas, Ibrahim Aziz Simão, o Zinho,
foi preso em São Luís (MA).
Entre os presos, estão empresários, intermediadores e integrantes de supostas quadrilhas de traficantes. Eles negam as acusações.
As investigações indicam que
seriam vendidos por semana 250
kg de produtos químicos por cerca de R$ 60 mil. Entre eles estão a
procaína, a cafeína e a lidocaína.
Segundo o delegado Lorenzo
Pompilho da Hora, da Delepren,
um dos compradores é Róbson
André da Silva, o Robinho Pinga,
chefe do Terceiro Comando Puro.
Outro lado
Um representante da Saldec e
da Saldequímica negou a acusação. Em entrevista à TV Globo,
José Elias Bastos afirmou que as
empresas têm como clientes laboratórios farmacêuticos. "Temos
guias de importação e notas fiscais." A Folha não conseguiu localizar os advogados das firmas.
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