|
Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Rodoanel terá atalho para Cumbica e marginal Tietê
Estado define traçado do trecho norte, que deve ser concluído até 2014
Com custo previsto de R$ 5 bilhões, obra deve reduzir em cerca de 10% o volume de veículos
na marginal Tietê
ALENCAR IZIDORO
DE SÃO PAULO
O traçado do trecho norte
do Rodoanel definido pelo
governo paulista vai facilitar
os acessos ao aeroporto de
Guarulhos e à marginal Tietê
e reforçar a utilização do anel
viário em trajetos urbanos.
Haverá cinco pontos de
entrada e saída na rodovia.
Um deles será no fim da av.
Inajar de Souza (zona norte),
permitindo a ligação do Rodoanel com a marginal Tietê.
Outro, por um acesso rodoviário de 4 km a ser feito
até Cumbica. Os demais três
serão na Fernão Dias e no fim
dos trechos oeste e leste.
O Estado quer concluir a
obra em 2014, quando prevê
economia superior a meia
hora (de 125 minutos para 91)
na viagem da rodovia dos
Bandeirantes até a Dutra.
Na cidade, os principais
impactos são esperados na
Tietê e na Inajar de Souza
-que se torna um caminho
alternativo ao Rodoanel e ao
aeroporto de Guarulhos.
Na primeira, deve haver
uma queda de 10% do tráfego. Na segunda, alta de 7%.
As previsões constam do
estudo de impacto ambiental
que oficializou a sugestão de
traçado da obra adiantada
pela Folha em 2009.
O Estado priorizou a opção
de percurso mais próxima da
capital, com 42,8 km. Ele atenua as intervenções na serra
da Cantareira, mas atinge
áreas com ocupação urbana.
"É a única forma de descarregar a marginal Tietê",
afirma Mauro Arce, secretário estadual dos Transportes.
Alguns especialistas temem que, ao facilitar viagens
urbanas, a alça congestione
em pouco tempo e perca sua
função original como uma ligação rápida entre rodovias.
A construção é estimada
em R$ 5 bilhões -pelo tamanho, é mais cara que a do trecho sul, que beirou os R$ 5,5
bilhões, mas tem 57 km.
Além do dinheiro do Estado, espera-se empréstimo do
BID (Banco Interamericano
de Desenvolvimento) e participação do governo federal.
Pesam na composição do
custo os 22 viadutos/pontes e
12 túneis projetados.
O futuro governador Geraldo Alckmin (PSDB), diz
Arce, avalizou seu interesse
em tocar a obra simultaneamente com a construção do
trecho leste, cujo contrato
deve ser firmado neste ano.
ACESSO A CUMBICA
O impacto do trecho norte
na velocidade média dos veículos da Grande SP é tímido
-muda de 25,3 km/h para
25,5 km/h em 2014.
O Estado alega que ele tem
"um alcance específico".
Pelo estudo, a alça norte
eleva em 28% a quantidade
de pessoas com acesso a
Cumbica em até meia hora
-e em 78% as que poderão
chegar lá em até 45 minutos.
Próximo Texto: Obra cria "barreira verde" e desapropria 2.784 imóveis Índice | Comunicar Erros
|