São Paulo, sábado, 08 de novembro de 2008

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Integrante do PCC, Balengo foi investigado por seqüestro de repórter e roubo do BC

DA REPORTAGEM LOCAL

Carlos Antônio da Silva, o Balengo, criminoso morto ontem na troca de tiros com PMs depois do roubo ao assalto ao banco Real, era membro da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) e já havia sido investigado por vários outros crimes de repercussão.
Em agosto de 2006, Silva foi investigado pelas polícias Federal e Civil sob a suspeita de ter sido responsável pelo seqüestro do auxiliar-técnico Alexandre Coelho Calado e do jornalista Guilherme de Azevedo Portanova, ambos da TV Globo, entre os dias 12 e 14 daquele mês.
A participação de Silva no seqüestro foi investigada à época porque ele havia saído da Penitenciária de Avaré (262 km de SP), em janeiro de 2006, como membro importante do PCC. As polícias nunca comprovaram a existência de relação dele com o caso.
No mês seguinte, Silva foi preso pela Polícia Federal em Porto Alegre. Era um dos chefes da quadrilha flagrada quando escavava um túnel de 80 metros que daria acesso a duas agências bancárias.
Silva era procurado pela PF desde 27 de fevereiro deste ano, quando fugiu de uma prisão gaúcha que funciona em regime semi-aberto. Lá, ficou apenas 12 horas, depois de ter sido beneficiado pela Justiça e sido transferido da Penitenciária de Charqueadas, de segurança máxima, para o semi-aberto.
O criminoso também foi investigado como um dos membros do PCC que articulou os ataques que a facção promoveu contra as forças de segurança do Estado, em maio de 2006, e também por ter ajudado no planejamento do maior furto a banco da história do país. Em agosto de 2005, ladrões do PCC levaram R$ 164,8 milhões, por meio de um túnel de 80 metros, do Banco Central de Fortaleza.

Medo
Isaac Minichillo de Araújo, advogado de Elielton Aparecido da Silva, 32, o ladrão que fez quatro reféns ao lado de Balengo ontem na zona norte, afirmou que seu cliente só decidiu se entregar para a Delegacia de Roubos a Banco, do Deic, da Polícia Civil, porque já havia acontecido um confronto com a PM. "Ele estava com medo da própria PM assassiná-lo."
Segundo o advogado, seu cliente negou que tenha feito qualquer disparo durante o roubo ao banco, na fuga, na casa em que fez quatro reféns e também contra o soldado Ailton Tadeu Lamas.
(AC, LK e RP)



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