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Integrante do PCC, Balengo foi investigado por seqüestro de repórter e roubo do BC
DA REPORTAGEM LOCAL
Carlos Antônio da Silva, o Balengo, criminoso morto ontem
na troca de tiros com PMs depois do roubo ao assalto ao banco Real, era membro da facção
criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) e já havia sido investigado por vários outros crimes de repercussão.
Em agosto de 2006, Silva foi
investigado pelas polícias Federal e Civil sob a suspeita de
ter sido responsável pelo seqüestro do auxiliar-técnico
Alexandre Coelho Calado e do
jornalista Guilherme de Azevedo Portanova, ambos da TV
Globo, entre os dias 12 e 14 daquele mês.
A participação de Silva no seqüestro foi investigada à época
porque ele havia saído da Penitenciária de Avaré (262 km de
SP), em janeiro de 2006, como
membro importante do PCC.
As polícias nunca comprovaram a existência de relação dele
com o caso.
No mês seguinte, Silva foi
preso pela Polícia Federal em
Porto Alegre. Era um dos chefes da quadrilha flagrada quando escavava um túnel de 80 metros que daria acesso a duas
agências bancárias.
Silva era procurado pela PF
desde 27 de fevereiro deste ano,
quando fugiu de uma prisão
gaúcha que funciona em regime semi-aberto. Lá, ficou apenas 12 horas, depois de ter sido
beneficiado pela Justiça e sido
transferido da Penitenciária de
Charqueadas, de segurança
máxima, para o semi-aberto.
O criminoso também foi investigado como um dos membros do PCC que articulou os
ataques que a facção promoveu
contra as forças de segurança
do Estado, em maio de 2006, e
também por ter ajudado no planejamento do maior furto a
banco da história do país. Em
agosto de 2005, ladrões do PCC
levaram R$ 164,8 milhões, por
meio de um túnel de 80 metros,
do Banco Central de Fortaleza.
Medo
Isaac Minichillo de Araújo,
advogado de Elielton Aparecido da Silva, 32, o ladrão que fez
quatro reféns ao lado de Balengo ontem na zona norte, afirmou que seu cliente só decidiu
se entregar para a Delegacia de
Roubos a Banco, do Deic, da Polícia Civil, porque já havia acontecido um confronto com a PM.
"Ele estava com medo da própria PM assassiná-lo."
Segundo o advogado, seu
cliente negou que tenha feito
qualquer disparo durante o
roubo ao banco, na fuga, na casa
em que fez quatro reféns e também contra o soldado Ailton
Tadeu Lamas.
(AC, LK e RP)
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