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Cliente troca serviço, mas não evita problema
Por mais que troque a empresa prestadora, como telefone ou internet, consumidor mantém queixas contra operadoras
Quedas do sinal do serviço prestado e dificuldade para ser atendido pelo SAC são problemas universais, de acordo com os usuários
MÁRCIO PINHO
DA REPORTAGEM LOCAL
O consumidor que troca de
operadora de telefone, TV a cabo ou internet para se livrar de
problemas na qualidade do serviço ou do SAC (serviço de
atendimento ao cliente) pode
apenas transferir seu calvário.
O setor de telefonia, é, como
sempre, um dos vilões. Principalmente depois que a Anatel
autorizou a portabilidade numérica em setembro de 2008.
A diretora de escola Regina
Delduque conta que estava
com problemas com serviços
da Net, que acabara de contratar em março. O telefone e a internet não funcionaram, e o
SAC não resolvia. Regina cancelou o contrato, mas o pior
ainda estava por vir.
Após solicitar os serviços da
Telefônica, calcula que ficou
três meses esperando a religação da linha. Tornou-se uma
colecionadora de protocolos e
ouviu diversas vezes do SAC a
informação de que tudo estaria
resolvido entre 48 e 72 horas.
Frustrada como consumidora, reclama: "Somos reféns das
empresas, sem falar no caos dos
serviços de call center. Uma
empresa joga a culpa para a outra. Ninguém resolve."
Caminho inverso, mas com
decepção semelhante, foi percorrido pela relações institucionais Patrícia Herculano. Ela
estava revoltada com a Telefônica. Ouvia intermináveis musiquinhas e diz que chegou a ser
maltratada por um atendente
em razão de uma conta atrasada. "Ele me constrangeu da forma como me cobrou."
Patrícia decidiu se livrar então da empresa e solicitou o
serviço para a Net, aproveitando tarifas que achou "atrativas". Desde então, diz sofrer
quedas diárias de sinal de telefone e internet.
"Cometi o gravíssimo erro de
trocar seis por meia dúzia."
Encrenca
Também tentou se livrar da
Telefônica a gerente de Academia de Ginástica Cristina Savoy. Ela afirma que, quando
morava com seu tio, convivia
com as constantes panes do
Speedy. Ao se mudar, optou pela Net para "fugir da encrenca",
mas seus "novos" problemas
começaram na instalação.
O técnico da empresa ficou
três horas no local, mas não
conseguiu concluir a instalação. Ela conta ainda que esperou sentada novas visitas marcadas e que recebeu uma fatura
de R$ 153,90, em vez do valor
correto -R$ 129,90.
Não apenas na telefonia o
consumidor ganha problemas
"de brinde" quando adere a
uma nova empresa. Guilherme
Mesquita Ferreira, sofria com
um celular da Sony Ericsson,
que parou de funcionar meses
após a compra. Conseguiu uma
troca. Contudo, como precisava de um segundo aparelho, decidiu buscar outra marca e optou pela Motorola.
O defeito, porém, chegou na
primeira semana. O aparelho
ficava sem bateria e sem sinal.
Ferreira decidiu então acionar
o Procon. "O consumidor não
pode ser lesado deste modo."
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