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MEC admite reaplicar Enem a aluno prejudicado
Medida atingiria quem fez prova com repetição ou ausência de perguntas
Falhas ocorreram nos exames de anteontem e podem ter atingido cerca de 2.000 alunos, segundo o ministério
ANGELA PINHO
DE BRASÍLIA
O Inep, instituto do Ministério da Educação responsável pelo Enem, admite aplicar outra versão do exame a
alunos que fizeram a prova
anteontem com questões repetidas e outras faltando.
A falha ocorreu em algumas provas do caderno amarelo, uma das quatro versões.
Segundo o Inep, a orientação
aos fiscais foi trocar a prova
na hora por outra sem o problema. O instituto admite,
porém, que em algumas situações isso não ocorreu.
Nesses casos está sendo
estudada a possibilidade de
reaplicar o exame, mas não
há certeza se essa será mesmo a solução adotada. "Garantimos que nenhum aluno
será prejudicado", disse o
presidente do instituto, Joaquim José Soares Neto.
Ele não descarta uma outra saída. Em 2009, estudantes que não puderam fazer o
Enem no Espírito Santo devido a enchentes fizeram a prova na data destinada aos presidiários, um mês depois.
O problema ainda está
sendo dimensionado. A estimativa é que cerca de 2.000
tenham feito a prova incompleta -3,4 milhões de alunos
fizeram o exame anteontem.
"As pessoas prejudicadas
têm o direito de fazer essa
prova de novo. O MEC está
tratando isso como se o problema fosse pontual, mas
não é. Se a TRI existir mesmo,
não tem por que não aplicar
outra prova [para os prejudicados]", afirmou Matheus
Prato, especialista em Enem.
Ele se referiu ao sistema
[Teoria de Resposta ao Item]
adotado no exame em que,
com questões diferentes, é
possível montar provas com
dificuldade semelhante.
GABARITO
O presidente do Inep também anunciou que entrará
no ar na internet na quarta-feira o sistema que permitirá
aos candidatos pedir que sua
prova seja corrigida em uma
ordem diferente de questões.
O prazo para os pedidos vai
até o dia 16 deste mês.
O site será criado devido a
um erro na folha de respostas
anteontem. O caderno de
questões apontava que ciências humanas ia da pergunta
1 à 45, e ciências da natureza,
da 46 à 90. No cartão-resposta, a ordem, no entanto, estava invertida: o bloco de ciências da natureza ia da 1 à 45.
Segundo Soares Neto, ainda será investigada a responsabilidade pelas falhas. Ele
afirmou que só soube do problema após as 13h de sábado,
embora o edital previsse que
funcionários do Inep aprovassem as provas na gráfica.
Ele disse estar com a sensação de "missão cumprida".
"Me sinto orgulhoso de ter liderado processo dessa dimensão e dessa importância
para a educação brasileira."
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