São Paulo, sábado, 8 de novembro de 1997.



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CAOS NO TRÂNSITO
Prefeitura revê previsão das obras e diz que só uma pista sobre o viaduto será liberada até quinta
Buraco cresce e 9 de Julho perde mais uma faixa

ROGERIO SCHLEGEL
da Reportagem Local

O buraco que apareceu anteontem na avenida 9 de Julho (zona central de São Paulo) aumentou ontem, o que fez o viaduto sobre a praça 14 Bis perder mais uma faixa para o trânsito.
Outra má notícia: mudou a previsão inicial, de liberar as pistas atingidas em uma semana. Agora, só uma das faixas sobre o viaduto será liberada. A outra será usada pela obra de reparo da galeria de águas da chuva que fez a cratera.
A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) recomenda que os motoristas evitem a área até quinta-feira, quando a superfície do buraco estará tampada -as obras na galeria serão feitas sob a pista.
Na manhã de ontem, houve pequeno deslizamento na lateral do buraco próxima do canteiro central, segundo o engenheiro Dawton Gaia, da CET.
A companhia decidiu interromper o tráfego em uma das faixas do sentido centro-bairro, que havia sido invertida para dar passagem aos ônibus que vão para o centro.
Assim, apenas uma das quatro faixas do viaduto foi usada. A CET passou a alternar o seu sentido de trânsito, que ora seguia para o centro, ora para o bairro.
"Foi uma precaução para evitar trepidação que pudesse aumentar mais o buraco", explicou Gaia.
O engenheiro Domingos Gonçalves, da Secretaria das Vias Públicas da prefeitura, disse no final da tarde que não houve deslizamento e que a interdição de mais uma faixa ocorreu apenas como medida preventiva.
O trânsito na área teve lentidão maior que a normal ontem, em especial no sentido centro-bairro.
No horário de maior movimento da manhã, houve cerca de 600 metros de congestionamento.
Segundo Dawton Gaia, muitos motoristas evitaram usar a 9 de Julho para chegar ao centro. As alternativas indicadas pela CET são a avenida 23 de Maio, Consolação e Brigadeiro Faria Lima.
Na segunda-feira, a CET vai repetir o esquema de trânsito usado ontem, com a alternância no sentido da única faixa do viaduto que está em uso.
Obras começam
As obras para devolver as duas faixas atingidas pelo buraco ao trânsito começaram ontem.
Serão firmadas estacas para criar uma estrutura metálica de cerca de dez metros, que na superfície será preenchida com asfalto, como uma espécie de pontilhão (veja quadro ao lado).
A prefeitura, responsável pela galeria que rompeu, contratou para o serviço, em caráter emergencial, a empreiteira Telar.
A devolução da segunda faixa atingida está prevista para dentro de um mês, segundo a Secretaria das Vias Públicas. O reparo da galeria deve demorar três meses.



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