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Ministro cobra controle de verba
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro da Saúde, Humberto Costa, disse ontem que as prefeituras devem criar um departamento específico de controle ou
de auditoria para fiscalizar a aplicação das verbas da saúde. Caso
contrário, poderão ficar sem aumento de repasse de verbas de
convênios do ministério.
"Ninguém vai receber um centavo a mais se não tiver desenvolvido mecanismos de controle e de
auditoria e se não garantir que cada centavo chegou aonde tinha
que chegar", disse Costa.
Costa disse que o governo vai
criar um mecanismo formal para
cobrar dos municípios o cumprimento das metas de saúde. Irá solicitar ao Ministério Público de
cada Estado que acompanhe o
cumprimento dessas metas.
"Queremos sair da informalidade
e partir para a cobrança efetiva",
disse o ministro.
Hoje, as metas são propostas
pelas secretarias municipais de
Saúde aos Conselhos Municipais
de Saúde, mas não há nada que
obrigue a prefeitura a cumpri-las.
Sem citar valores, Costa afirmou que nunca o governo federal
repassou tanto dinheiro para os
Estados e municípios.
Ao fazer um balanço do seu primeiro ano de gestão, o ministro
Humberto Costa (Saúde) admitiu
que 2003 não foi um ano fácil. "Tivemos um ano difícil", disse ontem, horas antes de abrir a 12ª
Conferência Nacional de Saúde,
em Brasília.
Como exemplo, Costa citou a
crise no Inca, o Instituto Nacional
de Câncer. Os diretores que fazem
parte do corpo técnico do hospital, uma das referências de excelência na rede pública, pediram
demissão em protesto contra a
suposta má gestão iniciada no governo do presidente Luiz Inácio
Lula da Silva.
Os diretores considerados incompetentes pela equipe técnica
do hospital eram aliados do PT.
"O governo passado também
teve problemas", disse Costa. Citou a epidemia de dengue, em
2002, e o caso das "pílulas de farinha"-anticoncepcionais sem
eficácia, vendidos em farmácias
por erro do laboratório.
(GA)
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