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Imposto sobre cigarro pode subir
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro Humberto Costa
(Saúde) informou ontem que o
governo estuda aumentar os impostos que incidem sobre o cigarro. Hoje, os tributos sobre esse
produto equivalem, em média, a
60% do valor comercializado.
"Ainda há folga para aumentar
o imposto", afirmou o ministro,
sem especificar valores para, segundo sua assessoria, "não atrapalhar" a estratégia do governo.
O dinheiro proveniente dos impostos arrecadados pelo governo
com a venda de cigarros é, segundo o ministro, inferior ao que é
gasto em saúde pública para atender os fumantes. O orçamento do
Ministério da Saúde para 2004 é
de R$ 35 bilhões.
O Brasil foi o segundo país a assinar, em maio passado, em Genebra, numa reunião da Organização Mundial de Saúde, a chamada Convenção Quadro, por
meio da qual o país se comprometeu a adotar medidas antitabagistas. O texto da convenção já está no Congresso Nacional e deverá ser aprovado no primeiro semestre de 2004.
Além de controlar os preços do
cigarro, para tornar seu consumo
menos atraente, os países comprometeram-se a combater o
contrabando do produto.
Ontem, o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde, Joong
Woon Lee, que está em Brasília,
elogiou a política brasileira antitabagista.
Costa afirmou que pesquisas do
ministério comprovam que as
novas fotografias impressas nas
carteiras de cigarro surtiram o
efeito necessário. As imagens
mostram pessoas doentes por
causa do cigarro e até um feto
abortado.
Pesquisa divulgada em 2002 pela revista "Tobacco Control" concluiu que o Brasil tinha o sexto
preço de cigarro mais baixo do
mundo. Só perdia para Indonésia,
Filipinas, Senegal, Vietnã e Costa
Rica. O maço de Marlboro no
Brasil é mais barato que na Costa
do Marfim e em Camarões.
(GA)
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