São Paulo, quinta-feira, 08 de dezembro de 2005

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Promotoria faz restrições a mudar gestão

FABIANE LEITE
DA REPORTAGEM LOCAL

A promotora Anna Trota Yarib, do Grupo de Atenção Especial à Saúde Pública do Ministério Público, diz estar preocupada com o projeto das OSs. "Ao que tudo indica é uma grande terceirização do serviço público".
Representante das entidades sem fins lucrativos que já são "parceiras" da prefeitura, Fernando Proença de Gouvêa também vê com temor a idéia. "Acho ruim passar o bem público para entidades privadas." Ex-secretário da Saúde nas gestões Jânio Quadros e Olavo Setúbal, ele diz que o modelo ideal é o do PSF (Programa Saúde da Família), em que as entidades assumem as contratações e o treinamento de servidores.
Nacime Salomão Mansur, da SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina), responsável pela direção de três hospitais estaduais, apóia. "Para controle do processo, é preciso a escolha adequada das entidades, gente preparada e contratos publicitados." O secretário estadual da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, diz que o modelo adotado no Estado é aprovado por cerca de 90% da população, segundo pesquisas de sua pasta.
Já João Batista Gomes, secretário do sindicato dos servidores públicos, diz que os controles previstos no projeto são deficientes e que a proposta poderá criar desníveis salariais na prefeitura.


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