São Paulo, quinta-feira, 08 de dezembro de 2005

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Medida divide entidades do setor de ensino

DA REDAÇÃO

O Sieeesp, que representa as escolas particulares de ensino básico paulistas, e o Semesp, que representa as de ensino superior, aprovam a idéia de usar o FGTS para financiar estudantes universitários. Já a Adusp (associação dos docentes da USP) e a presidente da Associação de Pais e Alunos das Escolas do Estado de São Paulo, Hebe Tolosa, desaprovam.
Para Francisco Miraglia, primeiro vice-presidente da Adusp, financiar mensalidades escolares é uma forma arriscada de usar o FGTS, já que, na visão dele, a maioria das universidades particulares é de má qualidade. Além disso, diz, educação é um direito social e o Estado deveria bancá-la.
Hebe Tolosa diz que a medida não ataca o principal problema dos alunos: o preço das mensalidades. Para ela, as planilhas de custos das universidades deveriam ser revistas. Carlos Monteiro, diretor da CM Consultoria, que atua na área de educação, diz que é possível cortar de 20% a 40% dos custos. Para ele, as escolas não podem continuar cobrando "preço de artigo de luxo".
O presidente do Semesp, Hermes Figueiredo, diz que o uso do FGTS diminuiria a inadimplência. "Se cair a inadimplência, podem cair as mensalidades." José Augusto de Mattos Lourenço, presidente do Sieeesp, defende a extensão da medida ao ensino básico.


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