São Paulo, quinta-feira, 08 de dezembro de 2005

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CRIME

Um cortejo seguiu até o cemitério, na zona sul de SP

500 policiais acompanham velório de delegado assassinado pelo irmão

DA REPORTAGEM LOCAL

Cerca de 500 policiais civis acompanharam o velório do delegado Sérgio Ricardo Guarda, 40, morto anteontem, pelo irmão, o investigador William Wagner Guarda, 45, na sede do Deic, departamento que investiga o crime organizado em São Paulo.
Segundo a polícia, o crime foi motivado pela disputa por uma herança entre os irmãos. William está preso.
O corpo do delegado foi velado durante a manhã de ontem na Academia da Polícia Civil, na zona oeste de São Paulo. Compareceram policiais que trabalhavam com Sérgio e também de outros departamentos da polícia.
Por volta das 15h, o corpo saiu em cortejo até o cemitério do Morumbi (zona sul), onde foi sepultado. Durante o trajeto, delegados e investigadores se emocionaram e choraram a perda do colega.
O delegado trabalhava havia três anos no Deic e investigava roubos de carga. Era considerado um dos principais policiais do departamento. Ficou conhecido em março de 2003, quando prendeu o adolescente Batoré, acusado de 15 homicídios.
Sérgio estava havia 20 anos na Polícia Civil. Antes do Deic, passou pelo DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa) e pelo GOE (Grupo de Operações Especiais). Era casado com uma delegada e não tinha filhos. Para o diretor do Deic, Godofredo Bittencourt, a polícia perdeu um grande delegado. "Somos preparados para lidar com os problemas da sociedade. Mas quando uma tragédia desse porte acontece com um de nós, é como perder um filho. Ele vai fazer muita falta", disse.


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