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CRIME
Um cortejo seguiu até o cemitério, na zona sul de SP
500 policiais acompanham velório de delegado assassinado pelo irmão
DA REPORTAGEM LOCAL
Cerca de 500 policiais civis
acompanharam o velório do delegado Sérgio Ricardo Guarda, 40,
morto anteontem, pelo irmão, o
investigador William Wagner
Guarda, 45, na sede do Deic, departamento que investiga o crime
organizado em São Paulo.
Segundo a polícia, o crime foi
motivado pela disputa por uma
herança entre os irmãos. William
está preso.
O corpo do delegado foi velado
durante a manhã de ontem na
Academia da Polícia Civil, na zona oeste de São Paulo. Compareceram policiais que trabalhavam
com Sérgio e também de outros
departamentos da polícia.
Por volta das 15h, o corpo saiu
em cortejo até o cemitério do Morumbi (zona sul), onde foi sepultado. Durante o trajeto, delegados
e investigadores se emocionaram
e choraram a perda do colega.
O delegado trabalhava havia
três anos no Deic e investigava
roubos de carga. Era considerado
um dos principais policiais do departamento. Ficou conhecido em
março de 2003, quando prendeu
o adolescente Batoré, acusado de
15 homicídios.
Sérgio estava havia 20 anos na
Polícia Civil. Antes do Deic, passou pelo DHPP (Departamento
de Homicídios e de Proteção à
Pessoa) e pelo GOE (Grupo de
Operações Especiais). Era casado
com uma delegada e não tinha filhos. Para o diretor do Deic, Godofredo Bittencourt, a polícia perdeu um grande delegado. "Somos
preparados para lidar com os problemas da sociedade. Mas quando uma tragédia desse porte
acontece com um de nós, é como
perder um filho. Ele vai fazer muita falta", disse.
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