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Segundo relatório, reclamações dos presos são ilegítimas
DA REPORTAGEM LOCAL
Relatório do Conselho Nacional de Política Criminal e
Penitenciária, divulgado ontem, considerou ilegítimas as
reclamações dos detentos de
Presidente Bernardes que participaram de uma greve de fome em novembro passado.
Entre as reclamações estavam a falta de ventilação e de
luminosidade e dificuldades de
visualização e contato verbal do
parlatório (onde os presos recebem visita). Nada foi comprovado. Para o conselheiro
Marcos Weis, responsável pela
inspeção no presídio, os problemas apontados foram um
pretexto para a greve. "As denúncias não procedem."
Ainda segundo ele, após as
rebeliões e ataques no início do
ano, os presos do RDD começaram a exigir regalias que não foram cedidas pela direção da
unidade nem pela secretaria.
Apesar do teor desfavorável
aos presos, o relatório é claro
em se colocar contra o RDD.
"Isso não afasta a convicção da
incompatibilidade do RDD [...]
com a legislação brasileira, em
face das normas que se destinam a assegurar o respeito à
dignidade da pessoa presa."
Para o conselho, um dos
principais problemas desse sistema é o total isolamento que o
preso é submetido durante 22
horas do dia, numa cela de 6 m2.
"Essa visita constata mesmo
que o RDD é cruel. Não só teoricamente na lei, mas na prática fica absolutamente demonstrado que o RDD é uma pena
cruel e desumana."
(RP)
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