São Paulo, sábado, 08 de dezembro de 2007

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630 garças-vaqueiras serão sacrificadas em Fernando de Noronha

FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA

A garça-vaqueira, espécie exótica que invadiu o arquipélago de Fernando de Noronha (PE), deverá ser praticamente extinta do local. A superintendência do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) resolveu abater 90% das aves.
O abate foi autorizado porque a ave, que não é natural da ilha, provoca incidentes aéreos e ameaça a biodiversidade ao atacar espécies nativas e competir com elas por alimentos e sítios reprodutivos, afirma o Ibama.
Segundo o superintendente do Ibama em Pernambuco, João Arnaldo Novaes, todo o processo foi discutido e aprovado pelo Ministério Público Federal. Ele diz que não há possibilidade de transferir as aves porque exames revelaram a contaminação delas por salmonela, bactéria que pode provocar intoxicação no homem.
As garças-vaqueiras serão mortas por "eutanásia" para "evitar o sofrimento do animal", segundo o órgão. Depois de anestesiados, os pássaros receberão uma dose de injeção letal de cloreto de potássio a 19,1%.
Das cerca de 700 garças que vivem no arquipélago, ao menos 630 serão sacrificadas. Aprovado anteontem, o plano de manejo será executado pela administração de Fernando de Noronha. As garças-vaqueiras serão capturadas com redes, em áreas perto do aeroporto e da usina de compostagem de lixo, onde se concentram em maior número.


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