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Foco
630 garças-vaqueiras serão sacrificadas em Fernando de Noronha
FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA
A garça-vaqueira, espécie
exótica que invadiu o arquipélago de Fernando de Noronha (PE), deverá ser praticamente extinta do local. A
superintendência do Ibama
(Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis) resolveu abater 90% das aves.
O abate foi autorizado porque a ave, que não é natural
da ilha, provoca incidentes
aéreos e ameaça a biodiversidade ao atacar espécies nativas e competir com elas por
alimentos e sítios reprodutivos, afirma o Ibama.
Segundo o superintendente do Ibama em Pernambuco, João Arnaldo Novaes, todo o processo foi discutido e
aprovado pelo Ministério
Público Federal. Ele diz que
não há possibilidade de
transferir as aves porque
exames revelaram a contaminação delas por salmonela, bactéria que pode provocar intoxicação no homem.
As garças-vaqueiras serão
mortas por "eutanásia" para
"evitar o sofrimento do animal", segundo o órgão. Depois de anestesiados, os pássaros receberão uma dose de
injeção letal de cloreto de
potássio a 19,1%.
Das cerca de 700 garças
que vivem no arquipélago, ao
menos 630 serão sacrificadas. Aprovado anteontem, o
plano de manejo será executado pela administração de
Fernando de Noronha. As
garças-vaqueiras serão capturadas com redes, em áreas
perto do aeroporto e da usina de compostagem de lixo,
onde se concentram em
maior número.
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