São Paulo, segunda-feira, 08 de dezembro de 2008

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ANTONIO APARECIDO FLORES DE OLIVEIRA (1939-2008)

A militância de um ex-preso político

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Todas as terças-feiras, Flores costumava ir ao prédio da Secretaria da Justiça de SP, no centro da capital, para encontrar colegas. Assim como os demais participantes das reuniões, Antonio Aparecido Flores de Oliveira foi preso durante a ditadura militar.
A primeira manifestação de que participou na vida, como lembram os amigos de partido, foi em 1954 e não acabou nada bem: botou fogo na bandeira dos EUA e acabou preso. Seria detido em inúmeras outras oportunidades -e torturado, inclusive. Saiu do Brasil, viveu um tempo como exilado político na França, retornou ao país e beneficiou-se da anistia.
Chegou a ser indenizado.
Natural de Boa Esperança do Sul, a 301 km da capital, foi vice-presidente do sindicato dos metalúrgicos do Estado. Em sua vida de militante, ajudou a fundar duas organizações com a social-democracia no nome: a SDS (Social Democracia Sindical), da qual foi secretário por vários anos, e o PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira), criado em 1988. Fez parte do partido até quinta, quando morreu aos 69, de infarto fulminante.
Antes, havia passado pelo PCB (Partido Comunista Brasileiro) e pelo MDB (Movimento Democrático Brasileiro). Segundo colegas, Flores era sempre consultado por lideranças tucanas sobre questões envolvendo movimentos sociais. Um de seus orgulhos era ter feito parte da comissão que criou o 13º.
Deixa viúva, filho e neta.

obituario@grupofolha.com.br


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