|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
GOVERNO LULA
Proposta é alterar a forma de pagamento do benefício, além de incluir a capacitação profissional de adultos
Programa Bolsa-Escola terá mudanças
LUCIANA CONSTANTINO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Bolsa-Escola -que durante o
mandato de Fernando Henrique
Cardoso foi um dos principais
projetos na área social- terá alterações no governo de Luiz Inácio
Lula da Silva.
Uma das mudanças é a forma
de pagamento: o dinheiro será pago por família, não mais por
criança. Atualmente, os beneficiados recebem mensalmente R$ 15
por criança, sendo o valor limitado a R$ 45 por família.
A quantia que deverá ser paga
por família ainda não foi definida.
"Achamos que o valor atual é baixo, mas dependemos do Orçamento. Vamos avaliar a possibilidade de aumento", afirmou o secretário do Programa Nacional de
Bolsa-Escola, Marcelo Aguiar,
que foi confirmado no cargo anteontem.
No Orçamento deste ano, estão
previstos R$ 2 bilhões para o programa -o mesmo valor de 2002.
Atualmente são atendidas 5,106
milhões de famílias em 5.546 cidades.
O pagamento feito por família
deve seguir o modelo adotado no
Distrito Federal na época em que
o atual ministro da Educação,
Cristovam Buarque, era governador (1995-1998).
Um dos principais objetivos da
medida é tentar evitar que famílias com mais de três crianças deixem fora da escola os filhos que
não estão sendo beneficiados pelo
programa.
Outra modificação que o governo estuda fazer no projeto é incluir ações de saúde entre as obrigações das famílias que são atendidas. Por exemplo, exigir que
mulheres grávidas façam o pré-natal e que a carteira de vacinação
das crianças esteja em dia.
Atualmente, o governo exige
apenas que as crianças frequentem a escola. O pagamento pode
ser suspenso quando houver mais
de 15% de faltas.
Adultos
Outra novidade que vem sendo
analisada é a possibilidade de
criar programas de capacitação
profissional para os pais e adultos
das famílias beneficiadas.
"O Bolsa-Escola por si só não
resolve o problema da pobreza.
Tem de ser a porta de entrada para a família conquistar autonomia", afirmou Aguiar.
De acordo com dados do Ministério da Educação, 98% das crianças estão na escola, o que representa 8,7 milhões de brasileiros
entre 6 e 15 anos com acesso ao
ensino fundamental.
Texto Anterior: Há 50 anos Próximo Texto: Empresas fizeram lobby para adiar entrada em vigor do Código Civil Índice
|