São Paulo, domingo, 09 de janeiro de 2011

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Mata-mosquito em forma de raquete vira sucesso da 25

Equipamento que dá choques está em alta

VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
DE SÃO PAULO

"Lá em casa trocamos a câmara de gás pela cadeira elétrica", diz a professora Ângela Pimentel, no comércio popular da rua 25 de Março, na região central de São Paulo.
Ela explica: aboliu os inseticidas tóxicos, que nela causavam alergia e problemas respiratórios, pelas raquetes de eletrocussão. Os mosquitos, coitados, agora morrem por descarga elétrica.
Trazidas da China e recarregáveis na tomada, viraram um sucesso e lideram a lista dos produtos mais vendidos no comércio de rua.
"Vende mais do que pão quente", diz o ambulante da 25 de Março José Severino, que trocou o estoque de guarda-chuvas e capas pelas raquetes mata-mosquito.
Por ser uma barreira mecânica, a raquete não passa pelo controle da vigilância sanitária. E não é impressão que os mosquitos estejam mais atiçados no verão.
"A reprodução é mais rápida no período de calor. A chuva a água parada propiciam que eles se desenvolvam", diz Eunice Parodi, veterinária do Centro de Controle de Zoonoses, responsável pelo controle de mosquitos no rio Pinheiros, o maior criadouro de São Paulo.
E por que algumas pessoas são mais picadas que outras? "Não se sabe exatamente o motivo, mas aparentemente a atração do mosquito está relacionada ao cheiro de cada um", explica a dermatologista Lúcia Mandel.
Com o olfato apurado, afirma a médica, o pernilongo é atraído pelo gás carbônico exalado na respiração. O suor e o calor também os atrai. "Por isso quem usa roupas escuras e mais quentes é mais picado", diz Mandel.


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