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Mata-mosquito em forma de raquete vira sucesso da 25
Equipamento que dá choques está em alta
VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
DE SÃO PAULO
"Lá em casa trocamos a câmara de gás pela cadeira elétrica", diz a professora Ângela Pimentel, no comércio popular da rua 25 de Março, na
região central de São Paulo.
Ela explica: aboliu os inseticidas tóxicos, que nela causavam alergia e problemas
respiratórios, pelas raquetes
de eletrocussão. Os mosquitos, coitados, agora morrem
por descarga elétrica.
Trazidas da China e recarregáveis na tomada, viraram
um sucesso e lideram a lista
dos produtos mais vendidos
no comércio de rua.
"Vende mais do que pão
quente", diz o ambulante da
25 de Março José Severino,
que trocou o estoque de guarda-chuvas e capas pelas raquetes mata-mosquito.
Por ser uma barreira mecânica, a raquete não passa pelo controle da vigilância sanitária. E não é impressão que
os mosquitos estejam mais
atiçados no verão.
"A reprodução é mais rápida no período de calor. A
chuva a água parada propiciam que eles se desenvolvam", diz Eunice Parodi, veterinária do Centro de Controle de Zoonoses, responsável pelo controle de mosquitos no rio Pinheiros, o maior
criadouro de São Paulo.
E por que algumas pessoas
são mais picadas que outras?
"Não se sabe exatamente o
motivo, mas aparentemente
a atração do mosquito está
relacionada ao cheiro de cada um", explica a dermatologista Lúcia Mandel.
Com o olfato apurado, afirma a médica, o pernilongo é
atraído pelo gás carbônico
exalado na respiração. O
suor e o calor também os
atrai. "Por isso quem usa roupas escuras e mais quentes é
mais picado", diz Mandel.
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