São Paulo, terça-feira, 09 de fevereiro de 2010

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Governo de SP duvida do que Eletropaulo afirma sobre apagão

Empresa diz que restabelecimento de luz na capital demorou porque as equipes tiveram dificuldade de acesso em alguns pontos

Governo do Estado sustenta que bairros eram acessíveis; investigação aberta ontem pode culminar em multa de R$ 3 mi à concessionária

ROGÉRIO PAGNAN
DA REPORTAGEM LOCAL

O governo de São Paulo considerou insuficiente a explicação da AES Eletropaulo para o apagão de mais de 24 horas em alguns bairros da capital paulista na semana passada. Ontem, o governo abriu um procedimento de investigação que pode culminar em multa de até R$ 3 milhões à concessionária.
A Eletropaulo argumentou que o restabelecimento demorou porque as equipes tiveram dificuldade de acesso em alguns pontos e que houve demora para retirada das árvores em alguns lugares -que não é feita pela concessionária.
O secretário de Justiça e Defesa da Cidadania, Luiz Antonio Marrey, disse ter dado um prazo de 30 dias para que a empresa apresente por escrito as explicações e documentos, como o plano de emergência e de investimentos. Esses documentos também foram solicitados às outras empresas.
Para o secretário, é "inaceitável ficar 24 horas sem energia". Segundo ele, a maioria das reclamações de apagão era de "bairros centrais". "Não é que o bairro tivesse debaixo de dois metros de água e as equipes tivessem dificuldade de chegar. São bairros que tiveram chuva forte, mas eram acessíveis."
A justificativas da concessionária foram apresentadas numa reunião de emergência convocada pelo governo. Além da Eletropaulo, foram chamadas outras dez empresas (entre as quais sete da CPFL) que prestam serviço de abastecimento de energia no Estado.
A Eletropaulo foi o centro das críticas de Marrey porque é a responsável pelo fornecimento para a capital. Na lista dos bairros mais prejudicados estão Vila Madalena, Perdizes, Santana, Pinheiros e Itaquera.
O secretário, que esteve acompanhado da secretária Dilma Pena (Saneamento e Energia) e do diretor-executivo do Procon, Roberto Pfeiffer, instou a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) a tomar providências.


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