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Governo de SP duvida do que Eletropaulo afirma sobre apagão
Empresa diz que restabelecimento de luz na capital demorou porque as equipes tiveram dificuldade de acesso em alguns pontos
Governo do Estado sustenta que bairros eram acessíveis; investigação aberta ontem pode culminar em multa de R$ 3 mi à concessionária
ROGÉRIO PAGNAN
DA REPORTAGEM LOCAL
O governo de São Paulo considerou insuficiente a explicação da AES Eletropaulo para o
apagão de mais de 24 horas em
alguns bairros da capital paulista na semana passada. Ontem, o governo abriu um procedimento de investigação que
pode culminar em multa de até
R$ 3 milhões à concessionária.
A Eletropaulo argumentou
que o restabelecimento demorou porque as equipes tiveram
dificuldade de acesso em alguns pontos e que houve demora para retirada das árvores em
alguns lugares -que não é feita
pela concessionária.
O secretário de Justiça e Defesa da Cidadania, Luiz Antonio Marrey, disse ter dado um
prazo de 30 dias para que a empresa apresente por escrito as
explicações e documentos, como o plano de emergência e de
investimentos. Esses documentos também foram solicitados às outras empresas.
Para o secretário, é "inaceitável ficar 24 horas sem energia".
Segundo ele, a maioria das reclamações de apagão era de
"bairros centrais". "Não é que o
bairro tivesse debaixo de dois
metros de água e as equipes tivessem dificuldade de chegar.
São bairros que tiveram chuva
forte, mas eram acessíveis."
A justificativas da concessionária foram apresentadas numa reunião de emergência convocada pelo governo. Além da
Eletropaulo, foram chamadas
outras dez empresas (entre as
quais sete da CPFL) que prestam serviço de abastecimento
de energia no Estado.
A Eletropaulo foi o centro
das críticas de Marrey porque é
a responsável pelo fornecimento para a capital. Na lista dos
bairros mais prejudicados estão Vila Madalena, Perdizes,
Santana, Pinheiros e Itaquera.
O secretário, que esteve
acompanhado da secretária
Dilma Pena (Saneamento e
Energia) e do diretor-executivo
do Procon, Roberto Pfeiffer,
instou a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) a tomar providências.
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