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Rio não consegue atingir meta de redução de mortes
Número de homicídios no Estado sobe 1,3% mesmo depois de o governo iniciar programa de pacificação de favelas
Foram registrados 5.794 assassinatos em 2009 ante 5.717 de 2008, ano com o menor número de casos desde o início da série em 91
ITALO NOGUEIRA
DA SUCURSAL DO RIO
O número de vítimas de homicídios no Rio não caiu no ano
em que o governo iniciou pacificação de favelas antes controladas por traficantes. Segundo
dados do Instituto de Segurança Pública, houve alta de 1,3%
dos casos em 2009 ante 2008.
De acordo com os dados, a alta foi maior na capital (4,1%),
onde estão as sete favelas com
Unidades de Polícia Pacificadora (UPP). Na zona sul, onde estão cinco delas, as mortes no
ano subiram de 50 para 56.
Na avaliação da Secretaria de
Segurança, as UPPs visam "resgatar o território" e são um "começo de estratégia".
"Quando se tira de circulação
armas de guerra, a tendência é
diminuir [os casos de homicídios]", disse o secretário José
Mariano Beltrame. A secretaria
quer ocupar cerca de 150 favelas até 2012.
Ele listou como principais
medidas para a baixa nos assassinatos o estabelecimento de
metas e a integração entre as
polícias Civil e Militar. Os resultados são cobrados por área
sob responsabilidade dos dois
órgãos, o que, para ele, incentiva a troca de informações.
A secretaria cumpriu três das
quatro metas (roubos de rua,
veículos e latrocínio). Não atingiu apenas a de homicídios.
O objetivo era diminuir em
11,7% os casos no segundo semestre de 2009, comparado ao
mesmo período de 2008. A
queda foi de 9%. No primeiro
semestre, houve alta de 12%.
Beltrame, porém, não atribuiu a alta entre janeiro e junho
à crise econômica, argumento
usado pelo governador de São
Paulo, José Serra (PSDB), para
a alta em seu Estado.
Segundo o ISP, houve 5.794
homicídios em 2009, taxa de
34,6 casos por 100 mil habitantes. Ainda longe de tirar o Rio
da faixa "epidêmica" de homicídios, no critério da OMS (Organização Mundial da Saúde) -
abaixo de 10 casos por 100 mil
habitantes. Em São Paulo, a taxa em 2009 foi de 10,95.
Em 2008, o Rio havia registrado seu mais baixo número
de casos de homicídios desde a
publicação dos dados, em 1991:
5.717 assassinatos.
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