São Paulo, terça-feira, 09 de março de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

CRIME

Duas revendedoras localizadas na zona sul foram atacadas na noite de anteontem; polícia investiga se casos têm ligação

Incendiários destroem 4 carros em lojas

DO "AGORA"

Quatro carros foram incendiados em atentados realizados contra duas revendedoras de veículos da zona sul de São Paulo na noite de anteontem. A polícia investiga se há ligação entre os dois casos. Até o final da tarde de ontem, porém, nenhum suspeito havia sido identificado.
A primeira ação, por volta das 20h45 de anteontem, foi contra a concessionária Caoa, situada na avenida Ibirapuera. Uma testemunha diz ter visto um homem descer de um carro e lançar um líquido -provavelmente, gasolina- contra um Fiesta exposto no pátio externo da loja. Depois, ateou fogo e foi embora, de carro.
O incêndio se alastrou, queimando também um Focus e chamuscando dois Kas. O Fiesta e o Focus foram destruídos e serão vendidos como sucata.
A loja tem um vigia noturno, mas a guarita é longe do local onde os carros estavam. Por isso, o vigia só percebeu a ação quando os carros já estavam queimando.
Segundo o gerente de vendas da Caoa, Gilberto dos Reis, o prejuízo -que deve ser coberto pelo seguro- foi de R$ 90 mil. Ele acredita em vandalismo. "Não houve nenhuma reclamação ou discussão com clientes ou ex-funcionários nos últimos tempos."
O segundo atentado aconteceu às 23h50 contra a Shopping Car, localizada na rua Vieira de Moraes, no Campo Belo, a dois quilômetros da Caoa.
Um taxista ouvido pela PM teria visto uma mulher jogando um líquido sobre os carros, ateando fogo e fugindo em seguida.
O fogo atingiu um Mercedes Classe A 1999, avaliado em R$ 25 mil. Ele foi totalmente consumido pelo fogo. Um Golf 2003 blindado, de R$ 65 mil, teve a parte frontal -incluindo o motor- atingida pelo fogo.
Não havia ninguém na loja. Vizinhos da revendedora acionaram os bombeiros e o dono do negócio, Divanildo de França. Segundo ele, os dois carros pertencem a um amigo, dono de outra revendedora, que pediu a França para guardar os veículos enquanto a loja dele está sendo reformada. "Por isso, nem sei se os carros têm seguro." Ele também descarta que se trate de vingança e acredita em vandalismo.


Texto Anterior: Há 50 anos: EUA querem países soberanos
Próximo Texto: Grupo de trabalho vai apurar mortes de sindicalistas
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.