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Grupo de trabalho vai apurar mortes de sindicalistas
DO "AGORA"
O procurador-geral de Justiça
do Estado, Luiz Antonio Guimarães Marrey, anunciou ontem a
formação de um grupo de trabalho para investigar os assassinatos
de sindicalistas nos últimos anos.
O objetivo é centralizar informações e agilizar as apurações -hoje elas são feitas separadamente.
A medida foi tomada após uma
reunião ontem com o presidente
da CUT-SP, Edílson de Paula Oliveira. "Nós viemos aqui pedir ao
Ministério Público rapidez nas investigações, porque companheiros continuam sofrendo ameaças", disse Oliveira.
Em quatro anos, pelo menos
dez sindicalistas foram assassinados na Grande São Paulo. O último crime foi o de Gildeson Cardoso de Santana, 41, presidente
do Secor (Sindicato dos Comerciários de Osasco).
Ele foi assassinado, anteontem,
durante uma festa de confraternização da entidade em um clube
em Carapicuíba (Grande SP). O
assassino usava um capacete e fugiu na garupa de uma moto.
Na última terça, José Roberto
Vieira Brito foi morto quando
saía de casa -ele havia feito denúncias contra o sindicato dos
condutores da capital ao Ministério Público Federal dias antes.
"A partir desse grito de socorro
da CUT, vamos procurar discutir
o assunto e ver na polícia por que
esses casos não estão andando",
disse Marrey. Embora a polícia
ainda não tenha suspeitos, Marrey afirmou que há indícios de
que os crimes tenham ligação entre si. "[As características dos crimes] são parecidas. Os assassinos
chegaram de moto e, geralmente,
estavam em dupla. Aparentam
ser crimes de pistolagem."
O presidente da CUT pediu proteção policial a sindicalistas que
continuam recebendo ameaças.
Uma lista com cinco nomes foi
entregue a Marrey - entre as vítimas está a mulher de Brito, Daniela. "Vamos pedir formalmente
à polícia que dê proteção a essas
pessoas", disse Marrey.
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