São Paulo, terça-feira, 09 de março de 2004

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Grupo de trabalho vai apurar mortes de sindicalistas

DO "AGORA"

O procurador-geral de Justiça do Estado, Luiz Antonio Guimarães Marrey, anunciou ontem a formação de um grupo de trabalho para investigar os assassinatos de sindicalistas nos últimos anos. O objetivo é centralizar informações e agilizar as apurações -hoje elas são feitas separadamente.
A medida foi tomada após uma reunião ontem com o presidente da CUT-SP, Edílson de Paula Oliveira. "Nós viemos aqui pedir ao Ministério Público rapidez nas investigações, porque companheiros continuam sofrendo ameaças", disse Oliveira.
Em quatro anos, pelo menos dez sindicalistas foram assassinados na Grande São Paulo. O último crime foi o de Gildeson Cardoso de Santana, 41, presidente do Secor (Sindicato dos Comerciários de Osasco).
Ele foi assassinado, anteontem, durante uma festa de confraternização da entidade em um clube em Carapicuíba (Grande SP). O assassino usava um capacete e fugiu na garupa de uma moto.
Na última terça, José Roberto Vieira Brito foi morto quando saía de casa -ele havia feito denúncias contra o sindicato dos condutores da capital ao Ministério Público Federal dias antes.
"A partir desse grito de socorro da CUT, vamos procurar discutir o assunto e ver na polícia por que esses casos não estão andando", disse Marrey. Embora a polícia ainda não tenha suspeitos, Marrey afirmou que há indícios de que os crimes tenham ligação entre si. "[As características dos crimes] são parecidas. Os assassinos chegaram de moto e, geralmente, estavam em dupla. Aparentam ser crimes de pistolagem."
O presidente da CUT pediu proteção policial a sindicalistas que continuam recebendo ameaças. Uma lista com cinco nomes foi entregue a Marrey - entre as vítimas está a mulher de Brito, Daniela. "Vamos pedir formalmente à polícia que dê proteção a essas pessoas", disse Marrey.


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