São Paulo, sexta-feira, 09 de março de 2007

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Advogado diz que não há provas contra estudante

Na sua versão, fotografias apreendidas pela polícia foram tiradas de brincadeira

Segundo o advogado de Ana Paula Jorge Souza, 21, ela apresentava sinais de descontrole desde que soube que era filha adotiva

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS

O tio e advogado da universitária, o ex-prefeito de Serra Negra (SP) Elias Jorge, disse ontem que a Polícia Civil não tem provas do envolvimento de Ana Paula Jorge Souza, 21, com a quadrilha de assaltantes. Segundo Jorge, ela descobriu há cerca de cinco meses ser filha adotiva. Ela é filha única.
"O que a polícia tem são fotografias que eles [acusados] tiraram por brincadeira. Não há provas contra ela. Ela fez amizade com bandido e deu no que deu. Eles tiraram aquelas fotos no apartamento quando os pais viajaram por 15 dias para o Ceará", disse o advogado.
A Polícia Civil encontrou fotos e vídeos dos quatro acusados de integrar a quadrilha em um computador apreendido. As imagens foram divulgadas para a imprensa.
O delegado, José Antonio Serrat de Campos, disse que as imagens estão ajudando a polícia a descobrir pessoas que foram vítimas da ação do grupo.
O advogado de Ana Paula disse ainda que os outros três acusados se aproximaram da estudante com o objetivo de aplicar um golpe para extorqui-la.

Filha adotiva
De acordo com o advogado, a universitária do curso de direito da Unip começou a demonstrar algum descontrole depois de ter descoberto, há cerca de cinco meses, ser filha adotiva. Ele diz não saber como a estudante fez a descoberta.
"Isso parece que mexeu um pouco com a cabeça dela. Mas ele sempre foi uma menina boa, inteligente, e nunca causou problemas. Se ela tiver alguma culpa, vai ter de pagar, mas por enquanto não há provas."
Segundo o advogado, a universitária trabalha como auxiliar do departamento jurídico da empresa de construção civil do pai. "Ela nunca foi educada como rica. Sempre trabalhou."
Ele afirmou que os pais estão chocados com a prisão da filha e que, por enquanto, não pedirá habeas corpus para libertá-la.
O advogado disse ainda que a universitária foi presa sem que a polícia tivesse mandado de prisão. "Eles tinham mandado de busca. Arrombaram a porta da casa pela manhã e a prenderam. Depois, à tarde, a polícia conseguiu um mandado de prisão", disse. (MS)


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