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Advogado diz que não há provas contra estudante
Na sua versão, fotografias apreendidas pela polícia foram tiradas de brincadeira
Segundo o advogado de Ana Paula Jorge Souza, 21, ela apresentava sinais de descontrole desde que soube que era filha adotiva
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS
O tio e advogado da universitária, o ex-prefeito de Serra Negra (SP) Elias Jorge, disse ontem que a Polícia Civil não tem
provas do envolvimento de Ana
Paula Jorge Souza, 21, com a
quadrilha de assaltantes. Segundo Jorge, ela descobriu há
cerca de cinco meses ser filha
adotiva. Ela é filha única.
"O que a polícia tem são fotografias que eles [acusados] tiraram por brincadeira. Não há
provas contra ela. Ela fez amizade com bandido e deu no que
deu. Eles tiraram aquelas fotos
no apartamento quando os pais
viajaram por 15 dias para o Ceará", disse o advogado.
A Polícia Civil encontrou fotos e vídeos dos quatro acusados de integrar a quadrilha em
um computador apreendido.
As imagens foram divulgadas
para a imprensa.
O delegado, José Antonio
Serrat de Campos, disse que as
imagens estão ajudando a polícia a descobrir pessoas que foram vítimas da ação do grupo.
O advogado de Ana Paula disse ainda que os outros três acusados se aproximaram da estudante com o objetivo de aplicar
um golpe para extorqui-la.
Filha adotiva
De acordo com o advogado, a
universitária do curso de direito da Unip começou a demonstrar algum descontrole depois
de ter descoberto, há cerca de
cinco meses, ser filha adotiva.
Ele diz não saber como a estudante fez a descoberta.
"Isso parece que mexeu um
pouco com a cabeça dela. Mas
ele sempre foi uma menina boa,
inteligente, e nunca causou
problemas. Se ela tiver alguma
culpa, vai ter de pagar, mas por
enquanto não há provas."
Segundo o advogado, a universitária trabalha como auxiliar do departamento jurídico
da empresa de construção civil
do pai. "Ela nunca foi educada
como rica. Sempre trabalhou."
Ele afirmou que os pais estão
chocados com a prisão da filha
e que, por enquanto, não pedirá
habeas corpus para libertá-la.
O advogado disse ainda que a
universitária foi presa sem que
a polícia tivesse mandado de
prisão. "Eles tinham mandado
de busca. Arrombaram a porta
da casa pela manhã e a prenderam. Depois, à tarde, a polícia
conseguiu um mandado de prisão", disse.
(MS)
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