São Paulo, sexta-feira, 09 de março de 2007

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Universitária é acusada de chefiar quadrilha de roubos

Loira e bonita, jovem foi presa sob a suspeita de liderar grupo que assaltava casas em Campinas, no interior de SP

A polícia apreendeu itens como jóias, relógios, celulares e cheques; a estudante está presa em uma cadeia feminina

MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS

Uma estudante universitária, jovem e bonita, foi presa anteontem pela Polícia Civil de Campinas (95 km de São Paulo) sob acusação de chefiar uma quadrilha que assaltava casas lotéricas e residências.
Ana Paula Jorge Souza, 21, cursa o quarto ano de direito e mora com os pais em um bairro nobre da cidade.
De cabelos loiros e lisos, ela é acusada de guiar o seu Astra 2.0 preto, câmbio automático, para levar e dar fuga para a quadrilha. Ana Paula ainda indicava quais os locais que seriam assaltados, de acordo com as investigações policiais.
Filha de um empresário do ramo de construção civil e de uma assistente social, ela aparece em imagens apreendidas pela polícia em seu apartamento segurando um revólver ao lado de outros três homens acusados de integrar o grupo. Ela namorava um deles, Raoni Renzo Miranda, 18, que continua foragido.
Segundo o delegado do 13º DP de Campinas, José Antonio Serrat de Campos, a estudante pode ter entrado na quadrilha por ter se apaixonado pelo namorado. "Ela disse em seu depoimento que se envolveu com o crime por causa do namoro. Confessou que estava arrependida e que pensou em deixar a quadrilha", disse o delegado.
O namoro entre os dois começou há cerca de seis meses. O namorado possui uma passagem pela polícia sob acusação de participar de um seqüestro-relâmpago. Os dois se conheceram em uma festa rave.
A estudante foi presa às 6h30 de anteontem, no apartamento dos pais. Além dela, a polícia prendeu em outra casa Orlando Ernesto Carpino, 25, acusado de integrar a quadrilha. A polícia procura outros dois acusados, incluindo o namorado da estudante.
A universitária foi indiciada sob a acusação de roubo qualificado, furto qualificado e formação de quadrilha. Está presa na Cadeia Feminina de Indaiatuba (102 km de SP). "Os pais dela disseram ter ficado surpresos com o fato", disse o delegado.

Reconhecida
De acordo com a Polícia Civil, a quadrilha agia em bairros nobres de Campinas, mas pode ter praticado crimes em cidades da região. Uma mulher de Jaguariúna (134 km de SP), vítima de assalto, entrou em contato ontem com a polícia dizendo ter reconhecido a universitária por imagens.
Uma outra mulher, moradora do bairro Jardim Proença, em Campinas, também procurou ontem a polícia e disse ter reconhecido, nas imagens divulgadas, os quatro integrantes da quadrilha.
Dizendo-se vítima do grupo, a mulher relatou que a universitária aparentava chefiar os demais integrantes durante a ação. Ela disse ainda que um deles agia com violência.

Alto padrão
Ela mora com os pais em um prédio de alto padrão -um apartamento por andar-, no bairro Cambuí, área nobre da cidade, onde reunia a quadrilha quando os pais viajavam.
As investigações foram iniciadas há dois meses. A polícia apreendeu, em quatro locais diferentes, jóias, relógios, celulares, TVs, DVDs e até um faqueiro italiano, além de cheques.
Em um computador apreendido, a polícia encontrou imagens do grupo usando drogas e exibindo armas e dinheiro. No material apreendido, um dos rapazes diz: "Filma. É dinheiro. Caiu aqui no chão. E tem mais na carteira".


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