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Universitária é acusada de chefiar quadrilha de roubos
Loira e bonita, jovem foi presa sob a suspeita de liderar grupo que assaltava casas em Campinas, no interior de SP
A polícia apreendeu itens como jóias, relógios, celulares e cheques; a estudante está presa
em uma cadeia feminina
MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS
Uma estudante universitária,
jovem e bonita, foi presa anteontem pela Polícia Civil de
Campinas (95 km de São Paulo)
sob acusação de chefiar uma
quadrilha que assaltava casas
lotéricas e residências.
Ana Paula Jorge Souza, 21,
cursa o quarto ano de direito e
mora com os pais em um bairro
nobre da cidade.
De cabelos loiros e lisos, ela é
acusada de guiar o seu Astra 2.0
preto, câmbio automático, para
levar e dar fuga para a quadrilha. Ana Paula ainda indicava
quais os locais que seriam assaltados, de acordo com as investigações policiais.
Filha de um empresário do
ramo de construção civil e de
uma assistente social, ela aparece em imagens apreendidas
pela polícia em seu apartamento segurando um revólver ao lado de outros três homens acusados de integrar o grupo. Ela
namorava um deles, Raoni
Renzo Miranda, 18, que continua foragido.
Segundo o delegado do 13º
DP de Campinas, José Antonio
Serrat de Campos, a estudante
pode ter entrado na quadrilha
por ter se apaixonado pelo namorado. "Ela disse em seu depoimento que se envolveu com
o crime por causa do namoro.
Confessou que estava arrependida e que pensou em deixar a
quadrilha", disse o delegado.
O namoro entre os dois começou há cerca de seis meses.
O namorado possui uma passagem pela polícia sob acusação
de participar de um seqüestro-relâmpago. Os dois se conheceram em uma festa rave.
A estudante foi presa às 6h30
de anteontem, no apartamento
dos pais. Além dela, a polícia
prendeu em outra casa Orlando
Ernesto Carpino, 25, acusado
de integrar a quadrilha. A polícia procura outros dois acusados, incluindo o namorado da
estudante.
A universitária foi indiciada
sob a acusação de roubo qualificado, furto qualificado e formação de quadrilha. Está presa na
Cadeia Feminina de Indaiatuba (102 km de SP). "Os pais dela
disseram ter ficado surpresos
com o fato", disse o delegado.
Reconhecida
De acordo com a Polícia Civil,
a quadrilha agia em bairros nobres de Campinas, mas pode ter
praticado crimes em cidades da
região. Uma mulher de Jaguariúna (134 km de SP), vítima de
assalto, entrou em contato ontem com a polícia dizendo ter
reconhecido a universitária por
imagens.
Uma outra mulher, moradora do bairro Jardim Proença,
em Campinas, também procurou ontem a polícia e disse ter
reconhecido, nas imagens divulgadas, os quatro integrantes
da quadrilha.
Dizendo-se vítima do grupo,
a mulher relatou que a universitária aparentava chefiar os
demais integrantes durante a
ação. Ela disse ainda que um
deles agia com violência.
Alto padrão
Ela mora com os pais em um
prédio de alto padrão -um
apartamento por andar-, no
bairro Cambuí, área nobre da
cidade, onde reunia a quadrilha
quando os pais viajavam.
As investigações foram iniciadas há dois meses. A polícia
apreendeu, em quatro locais diferentes, jóias, relógios, celulares, TVs, DVDs e até um faqueiro italiano, além de cheques.
Em um computador apreendido, a polícia encontrou imagens do grupo usando drogas e
exibindo armas e dinheiro. No
material apreendido, um dos
rapazes diz: "Filma. É dinheiro.
Caiu aqui no chão. E tem mais
na carteira".
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