São Paulo, segunda-feira, 09 de março de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

outro lado

PM diz que aguardará o fim da investigação

DA REPORTAGEM LOCAL

Procurados pela Folha desde 10 de fevereiro para se manifestarem sobre a suposta existência de um grupo de extermínio dentro da Polícia Militar, formado principalmente por integrantes do 37º Batalhão, o comandante-geral da PM, coronel Roberto Antônio Diniz, e o subcomandante-geral, coronel Daniel Barbosa Rodrigueiro, não se manifestaram ontem, mais uma vez.
Na tarde de ontem, a reportagem reiterou os pedidos de entrevistas com os dois, mas, segundo o capitão Luis Antônio, da Comunicação Social da PM, por ser fim de semana a entrevista não seria possível.
O capitão Antônio limitou-se a reenviar uma nota oficial que a PM já havia mandado para a Folha no último dia 2. "Qualquer manifestação é precipitada e pode prejudicar as investigações. Quando as apurações estiverem conclusas e se puder apontar autores e individualizar responsabilidades, a PM se manifestará", diz a nota oficial.
"Reiteramos que a PM tem o maior interesse na apuração e responsabilização dos autores de tão bárbaros crimes e que, como é de conhecimento de todos, age em rigor em quaisquer casos em que seus integrantes violem valores éticos, morais e legais da instituição", continua.
"Quanto a possíveis ingerências do coronel Félix [comandante da Tropa de Choque da PM] no curso das investigações, o que se tem são citações vagas nos depoimentos dos investigados, autores confessos, todavia em atenção ao requerido pelo juiz corregedor do Tribunal de Justiça Militar, também foi instaurado Inquérito Policial Militar", finaliza Diniz, na nota reenviada ontem.
Os pedidos de entrevista com o coronel Eduardo Félix, citado em depoimentos como suposto protetor de um dos PMs acusado de pertencer ao grupo de extermínio e investigado, por ordem do Tribunal da Justiça Militar, sob suspeita de tentar coagir uma das testemunhas do caso, também são feitos pela reportagem desde o dia 12 de fevereiro, sem resposta.
A Folha não conseguiu localizar os advogados dos policiais militares e do comerciante que foram presos.
O major Luís Ricardo Benato, ex-comandante do 37º Batalhão, ao qual pertencem 14 dos PMs presos, também não foi encontrado.
Os PMs presos estão isolados no Presídio Militar Romão Gomes, ao qual a reportagem não tem acesso. (AC)


Texto Anterior: Frase
Próximo Texto: Moacyr Scliar: A vida na vaga
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.