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outro lado
PM diz que aguardará o fim da investigação
DA REPORTAGEM LOCAL
Procurados pela Folha desde
10 de fevereiro para se manifestarem sobre a suposta existência de um grupo de extermínio dentro da Polícia Militar,
formado principalmente por
integrantes do 37º Batalhão, o
comandante-geral da PM, coronel Roberto Antônio Diniz, e
o subcomandante-geral, coronel Daniel Barbosa Rodrigueiro, não se manifestaram ontem, mais uma vez.
Na tarde de ontem, a reportagem reiterou os pedidos de
entrevistas com os dois, mas,
segundo o capitão Luis Antônio, da Comunicação Social da
PM, por ser fim de semana a
entrevista não seria possível.
O capitão Antônio limitou-se
a reenviar uma nota oficial que
a PM já havia mandado para a
Folha no último dia 2. "Qualquer manifestação é precipitada e pode prejudicar as investigações. Quando as apurações
estiverem conclusas e se puder
apontar autores e individualizar responsabilidades, a PM se
manifestará", diz a nota oficial.
"Reiteramos que a PM tem o
maior interesse na apuração e
responsabilização dos autores
de tão bárbaros crimes e que,
como é de conhecimento de todos, age em rigor em quaisquer
casos em que seus integrantes
violem valores éticos, morais e
legais da instituição", continua.
"Quanto a possíveis ingerências do coronel Félix [comandante da Tropa de Choque da
PM] no curso das investigações, o que se tem são citações
vagas nos depoimentos dos investigados, autores confessos,
todavia em atenção ao requerido pelo juiz corregedor do Tribunal de Justiça Militar, também foi instaurado Inquérito
Policial Militar", finaliza Diniz,
na nota reenviada ontem.
Os pedidos de entrevista com
o coronel Eduardo Félix, citado
em depoimentos como suposto
protetor de um dos PMs acusado de pertencer ao grupo de extermínio e investigado, por ordem do Tribunal da Justiça Militar, sob suspeita de tentar
coagir uma das testemunhas do
caso, também são feitos pela reportagem desde o dia 12 de fevereiro, sem resposta.
A Folha não conseguiu localizar os advogados dos policiais
militares e do comerciante que
foram presos.
O major Luís Ricardo Benato, ex-comandante do 37º Batalhão, ao qual pertencem 14
dos PMs presos, também não
foi encontrado.
Os PMs presos estão isolados
no Presídio Militar Romão Gomes, ao qual a reportagem não
tem acesso.
(AC)
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