São Paulo, terça-feira, 09 de março de 2010

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Banco afirma que só aplica o que prevê a lei

DA REPORTAGEM LOCAL

Questionada sobre o elevado número de execuções de fiadores em um programa social para ajudar estudantes carentes, a Caixa Econômica Federal disse que cumpre a legislação e que dá todas as informações necessárias aos seus clientes.
"Somos um agente financeiro. Obedecemos ao que está na lei", afirmou o gerente nacional de Aplicação Pessoa Física-Renda Básica, Jorge Pedro de Lima Filho.
A Caixa se recusou a confirmar os dados apresentados pela Folha, mas não os negou. A esse respeito, disse apenas que a taxa de inadimplência dos contratos firmados até 2002 chega a 25%.
Sobre o acionamento judicial dos fiadores, Lima Filho explicou o modo como opera. Com 30 dias em atraso, o banco manda uma carta para o fiador e para o aluno.
Ambos passam a ter nome sujo na praça. O tempo que demora uma execução, disse o gerente, depende de muitos fatores, como a região do país de onde vem o contrato e a capacidade produtiva do banco. Mais uma vez, Lima Filho ressaltou que todas essas etapas estão previstas em contrato.
A respeito do caso de Daiane, o gerente nacional da Caixa afirmou que a aluna foi atendida pessoal e virtualmente sempre que precisou e recebeu todas as informações a respeito de sua dívida.
Disse ainda que estender o prazo de pagamento para 480 meses, como ela quer, não é possível porque a lei determina 300 meses como período máximo para quitar a dívida.
Afirmou também que a engenheira não vai ter mais um "tratamento vip" porque procurou a Folha. Lima Filho disse que não prejudicaria a engenheira, mas também não trocaria mais e-mails com ela sobre o seu caso.
Quanto à redução dos juros determinada pelo MEC, Lima Filho disse que a Caixa já aplicou os novos valores e que isso reduziu muitas dívidas.


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