São Paulo, terça-feira, 09 de março de 2010

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Greve nas escolas estaduais de SP começa com baixa adesão

Dos 20 colégios checados pela reportagem, 18 funcionaram normalmente

Edson Lopes Jr./Folha Imagem
Estudante deixa escola estadual na zona oeste de São Paulo

DA REPORTAGEM LOCAL

A greve na rede estadual de ensino de SP começou ontem com adesão baixa dos professores. Para o governo, é um sinal de fracasso do movimento. Para o sindicato, a paralisação vai aumentar durante a semana.
A assessoria de imprensa da Secretaria Estadual da Educação afirmou que o faltosos terão os dias descontados, o que acarretará descontos no salário e no bônus por desempenho.
A reportagem verificou ontem o funcionamento de 20 escolas da capital. Em 18 delas, as aulas estavam normais (90%).
O governo José Serra (PSDB) e a Apeoesp (sindicato dos professores, ligado à CUT e ao PT) também fizeram seus balanços: o primeiro apontou normalidade em 99% das escolas do Estado; o segundo, em 70%. Haverá nova assembleia na sexta-feira.
A categoria exige reajuste de 34,3%. Os salários hoje variam de R$ 1.834 a R$ 3.181 (fim de carreira), na jornada de 40 horas semanais. Programa lançado em 2009 eleva o teto a R$ 6.270, desde que o docente, ao final da carreira, tenha sido aprovado em quatro seleções.
O governo diz ser inviável conceder o reajuste, que traria gasto de R$ 3,5 bilhões. A pasta tem R$ 16,2 bilhões neste ano. A política atual é a de dar dinheiro extra ao que apresente bom desempenho em avaliações.
"A responsabilidade demonstrada pela quase totalidade dos 220 mil professores é mais uma prova de que a tentativa de greve é um movimento político, inimigo da educação de São Paulo", diz nota do governo.
"Já começamos com uma adesão satisfatória, que vai aumentar nos próximos dias. A greve foi decidida devido a um acúmulo de desrespeitos do governo com os professores", afirma a presidente da Apeoesp, Maria Izabel Noronha.


Colaborou o "Agora"


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