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Greve nas escolas estaduais de SP começa com baixa adesão
Dos 20 colégios checados pela reportagem, 18 funcionaram normalmente
Edson Lopes Jr./Folha Imagem
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Estudante deixa escola estadual na zona oeste de São Paulo
DA REPORTAGEM LOCAL
A greve na rede estadual de
ensino de SP começou ontem
com adesão baixa dos professores. Para o governo, é um sinal
de fracasso do movimento. Para o sindicato, a paralisação vai
aumentar durante a semana.
A assessoria de imprensa da
Secretaria Estadual da Educação afirmou que o faltosos terão os dias descontados, o que
acarretará descontos no salário
e no bônus por desempenho.
A reportagem verificou ontem o funcionamento de 20 escolas da capital. Em 18 delas, as
aulas estavam normais (90%).
O governo José Serra (PSDB)
e a Apeoesp (sindicato dos professores, ligado à CUT e ao PT)
também fizeram seus balanços:
o primeiro apontou normalidade em 99% das escolas do Estado; o segundo, em 70%. Haverá
nova assembleia na sexta-feira.
A categoria exige reajuste de
34,3%. Os salários hoje variam
de R$ 1.834 a R$ 3.181 (fim de
carreira), na jornada de 40 horas semanais. Programa lançado em 2009 eleva o teto a R$
6.270, desde que o docente, ao
final da carreira, tenha sido
aprovado em quatro seleções.
O governo diz ser inviável
conceder o reajuste, que traria
gasto de R$ 3,5 bilhões. A pasta
tem R$ 16,2 bilhões neste ano. A
política atual é a de dar dinheiro
extra ao que apresente bom desempenho em avaliações.
"A responsabilidade demonstrada pela quase totalidade dos
220 mil professores é mais uma
prova de que a tentativa de greve é um movimento político,
inimigo da educação de São
Paulo", diz nota do governo.
"Já começamos com uma
adesão satisfatória, que vai aumentar nos próximos dias. A
greve foi decidida devido a um
acúmulo de desrespeitos do governo com os professores", afirma a presidente da Apeoesp,
Maria Izabel Noronha.
Colaborou o "Agora"
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