São Paulo, quarta-feira, 09 de março de 2011

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DO SOFÁ

KEILA JIMENEZ

Cobertura de Carnaval na TV é sempre igual?

UM AMIGO sem espírito de folião diz que Carnaval na TV é tudo igual. Se colocar um DVD com o do ano passado, você nem nota a diferença. Pior: diz que Carnaval é como aquela espuminha chata que jogam na gente. Incomoda, mas logo some, passa. Discordo.
O que seria da cobertura da folia deste ano sem os "furos" da Rede TV!? "Saiba como a Mulher Maçã ficou sem fantasia!", "Ex-BBB tem parte de baixo roubada na Sapucaí!". Prêmio Esso. Melhor ainda é o repórter especial do canal: Alexandre Frota. Canta entrevistadas, atiça briga entre funkeiras de plantão e padroniza reportagens com closes de um único plano de imagem das câmeras: o Plano B. Coisa fina.
Guilherme Arruda avisa na Band que "Wilson Simonal" está em cima do trio na Bahia. Ele não morreu? Ah, é Wilson, mas o Sideral, não o Simonal. Quase.
Ainda de ressaca das piadas do dia anterior, entre elas, a novíssima "Quem viu a Mangueira entrar?", o casseta e comentarista da Globo Hélio de La Peña segue embalado. "A União da Ilha vai bem no quesito "evolução", pois o samba fala de Charles Darwin." Continua: "Esse aí não é Deus Baco. É o Deus Bacon!", referindo-se a um folião acima do peso. Nossa.
A estrela da transmissão chega quando já é dia. A Globo, que está acostumada a vê-lo só no final do ano, espera ansiosa por Roberto Carlos no Carnaval. Faz bonitas imagens aéreas com aquela câmera que percorre a Sapucaí como se corresse em um telhado. Tudo para ver o Rei quase sambando, cercado por amigos famosos e súditos passistas. Não. Definitivamente Carnaval não é sempre igual.


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