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DO SOFÁ
KEILA JIMENEZ
Cobertura de Carnaval na TV é sempre igual?
UM AMIGO sem espírito de folião diz que Carnaval na TV é
tudo igual. Se colocar um DVD
com o do ano passado, você
nem nota a diferença. Pior: diz
que Carnaval é como aquela
espuminha chata que jogam
na gente. Incomoda, mas logo
some, passa. Discordo.
O que seria da cobertura
da folia deste ano sem os "furos" da Rede TV!? "Saiba como a Mulher Maçã ficou sem
fantasia!", "Ex-BBB tem parte de baixo roubada na Sapucaí!". Prêmio Esso. Melhor
ainda é o repórter especial do
canal: Alexandre Frota. Canta entrevistadas, atiça briga
entre funkeiras de plantão e
padroniza reportagens com
closes de um único plano de
imagem das câmeras: o Plano B. Coisa fina.
Guilherme Arruda avisa na
Band que "Wilson Simonal"
está em cima do trio na Bahia. Ele não morreu? Ah, é
Wilson, mas o Sideral, não o
Simonal. Quase.
Ainda de ressaca das piadas do dia anterior, entre
elas, a novíssima "Quem viu a
Mangueira entrar?", o casseta e comentarista da Globo
Hélio de La Peña segue embalado. "A União da Ilha vai
bem no quesito "evolução",
pois o samba fala de Charles
Darwin." Continua: "Esse aí
não é Deus Baco. É o Deus Bacon!", referindo-se a um folião acima do peso. Nossa.
A estrela da transmissão
chega quando já é dia. A Globo, que está acostumada a vê-lo só no final do ano, espera
ansiosa por Roberto Carlos no
Carnaval. Faz bonitas imagens aéreas com aquela câmera que percorre a Sapucaí
como se corresse em um telhado. Tudo para ver o Rei quase
sambando, cercado por amigos famosos e súditos passistas. Não. Definitivamente Carnaval não é sempre igual.
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