|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
VIOLÊNCIA
Funcionário público diz que vários policiais podem confirmar a presença do filho em quartel na hora do crime
Pai de PM acusado diz que filho tem álibi
FAUSTO SIQUEIRA
da Agência Folha, em Praia Grande
A família do soldado Alexandre
Serafim de Lara Costa, 25, confia
em dois álibis para provar que o
policial militar, um dos sete policiais militares presos e suspeitos
da morte dos três rapazes na Baixada Santista, não estava no local
do crime.
Segundo o funcionário público
Dirceu da Guia de Lara Costa, seu
filho sustenta que, na madrugada
da Quarta-Feira de Cinzas, dispensado do serviço pelo comando,
saiu por volta de 3h30 de Praia
Grande e seguiu para o quartel do
Comando da PM em Santos, onde
estavam alojados os policiais do
Regimento da Cavalaria.
Lara Costa afirmou em depoimento à Corregedoria da PM que
fez o trajeto entre Praia Grande e
Santos em uma moto, acompanhado do soldado Armando Dias Neto, 26. Chamado a depor pela Corregedoria no último dia 26, Dias
Neto confirmou a versão do colega.
Motocicleta
O outro álibi de Lara Costa, segundo a família, é o soldado PM
Nardini, proprietário da moto,
uma DT Yamaha 200, grafitada,
placas BSJ-1133, de Suzano (SP).
De acordo com Dirceu Costa,
Nardini emprestou a moto a seu filho porque estava trabalhando como motorista do caminhão que
transportava os animais da equipe
da Cavalaria que fazia patrulhamento em São Vicente.
Lara Costa disse à Corregedoria
que, ao chegar ao quartel, o soldado Nardini o acordou para pedir a
devolução dos capacetes, da documentação e da chave da moto.
Segundo o pai, Lara Costa não
lembra o horário em que foi acordado por Nardini.
O assassinato dos três rapazes
aconteceu entre 6h e 6h30, de acordo com a PM.
"Ele disse que estava com muito
sono -até reclamou por ser acordado-, e por isso não recorda o
horário", afirmou Dirceu Costa,
que vem acompanhando os depoimentos do filho na Corregedoria
da Polícia Militar.
Apesar disso, Dirceu Costa diz
que há outros policiais que podem
confirmar a presença do filho no
quartel no horário do crime.
"Eu tenho testemunhas de sobra.
Tem um monte de soldados que
viu meu filho dormindo", declarou.
Almoço
Ao acordar, entre 11h e 12h, o
soldado almoçou no quartel. Por
não possuir tíquete-refeição, seu
nome foi anotado em uma listagem, informou Dirceu Costa.
Na tarde da Quarta-Feira de Cinzas, segundo o pai, o soldado Lara
Costa ainda se apresentou como
voluntário para trabalhar como
cavalariço na Hípica de São Vicente, onde permaneceu até o dia seguinte.
Texto Anterior: "Na cadeia, sou Monica Lewinsky", diz Tânia Próximo Texto: Fracassa busca de projéteis Índice
|