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Família de PM é morta em casa
da Sucursal do Rio
O sargento da Polícia Militar José
de Vasconcelos Barone, 45, sua
mulher, Ivanice da Conceição Lima, 42, e o filho dela, Felipe da
Conceição Lima, 21, foram mortos
dentro de casa na tarde de anteontem, na favela Nova Jersey, em Paciência (zona oeste do Rio).
Segundo moradores da favela, o
sargento e sua família foram fuzilados por traficantes locais, comandados por um homem conhecido como Ravengar.
O sargento Barone era dono de
um pequeno açougue no bairro.
Ainda na versão dos moradores,
ele entrou em atrito com traficantes de Vila Jersey porque proibiu a
venda de drogas nas proximidades
de seu estabelecimento. A família
já vinha sofrendo ameaças havia
algumas semanas.
Por volta das 15h20 da tarde de
domingo, o centro de operações do
27º BPM (Batalhão de Polícia Militar), em Santa Cruz (zona oeste),
recebeu um chamado anônimo de
um morador da favela Nova Jersey
informando que a casa do sargento
fora invadida e que sua família estava dominada pelos homens de
Ravengar. De acordo com esse relato, cerca de dez traficantes invadiram a casa do sargento.
Equipes do 27º BPM e do
RPMont (Regimento de Polícia
Montada) foram até o local. Barone e sua família, porém, já tinham
sido mortos a tiros dentro de casa.
Os corpos foram colocados numa Kombi e transportados até um
terreno baldio da favela, onde foram abandonados.
Houve troca de tiros entre policiais militares e alguns homens
que permaneciam na casa do sargento Barone, roubando eletrodomésticos, segundo a polícia. Foram mortos no tiroteio Edson de
Souza de Paula, 19, e Fábio Francisco de Souza, 18, supostos integrantes do grupo que entrou na casa.
A ocorrência foi registrada na 36ª
DP (Delegacia Policial), em Santa
Cruz. O delegado Bismarck Santana, que investiga o caso, disse que,
por enquanto, todas as pistas levam a polícia a acreditar na hipótese de vingança de Ravengar contra
o sargento.
Os moradores da favela Nova
Jersey temem novas represálias
dos traficantes do grupo de Ravengar. Vizinhos e parentes de Barone
vão ser ouvidos pela polícia.
"Ravengar já está sendo procurado há muito tempo pela polícia. Ele
passou um período desaparecido,
mas agora voltou a agir com força
na área. Estamos fazendo buscas
na região", afirmou o delegado
Santana.
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