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Apego cultural ainda prevalece
DA REPORTAGEM LOCAL
O apego cultural e a dificuldade
de acesso à internet fazem com
que o ensino a distância mantenha os materiais impressos como
principal ferramenta.
Na Unopar (Universidade Norte do Paraná), a instituição com
mais matriculados em graduação
a distância, os cursos mesclam a
tecnologia de aula por satélite, internet e material impresso. "Não
tem como dispensar o impresso.
Os alunos gostam de ter os livros,
porque dá a eles a identidade do
curso", diz a pró-reitora de ensino
a distância, Elisa Maria de Assis.
Há estudantes que, quando encontram os professores, pedem
até que eles autografem os textos.
"Disponibilizamos o material impresso e eletrônico. Mesmo assim, os alunos procuram o papel."
Na educação de jovens e adultos, o Sesi (Serviço Social da Indústria) é a entidade com mais
matriculados no ensino a distância. "Na educação básica, os estudantes ainda estão dominando
competências de leitura e escrita,
então a mídia impressa é essencial", afirma Marisa Raposo, gerente-executiva de Projetos Estratégicos do Sesi.
Em geral, os adultos que procuram a educação básica não têm
acesso à internet. "São pessoas
que não possuem equipamentos
para usar a rede."
Há 21 anos, o papel é a principal
ferramenta dos cursos de extensão a distância da Fundação Demócrito Rocha, do Ceará. Os cursos de formação continuada são
fascículos que circulam em jornal
e podem ser adquiridos via correio.
(SIMONE HARNIK)
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