|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Porteiro diz que, na hora do crime, "ninguém entrou"
DA REPORTAGEM LOCAL
"Ninguém entrou." Foi assim, de forma direta, que o porteiro Valdomiro da Silva Veloso, 28, reagiu ao ser questionado sobre a possibilidade de alguém ter invadido o edifício
onde Isabella Nardoni, 5, foi
atirada pela janela na noite de
29 março. "Como ia entrar?"
Naquele sábado, de acordo
com o porteiro, a noite estava
muito calma, diferente de outros finais de semana, quando
há um movimento maior de entrada e de saída no prédio. Esse
menor movimento facilitou
seu trabalho de vigilância, diz.
Além disso, Veloso afirma
que, da guarita onde estava, tinha visão de quase todos os
muros que poderiam ser escalados por alguém. Outra parte,
fora do seu alcance, fica próxima a um batalhão da PM e, a
outra, faz divisa com um outro
prédio -separada por um muro de cerca de quatro metros.
Sobre a eventual participação do pai e da madrasta de Isabella -Alexandre Alves Nardoni, 29, e Anna Carolina Trotta
Peixoto Jatobá, 24-, o porteiro
prefere calar-se. "Não tenho
uma opinião formada sobre isso", diz. "Nem mesmo um bandido faria um negócio desses."
Veloso afirma que o pai de
Isabella parecia muito desesperado, mas disse não saber calcular quanto tempo levou desde o momento em que viu a menina caída na grama, após um
barulho que "parecia uma batida de carro", até Alexandre
aparecer. "Ele disse que alguém
tinha arrombado a porta e jogado a criança, como também disse para a polícia. Mas não me
disse ter visto alguém", disse.
Para a polícia, Veloso afirmou que a Anna reclamava da
falta de segurança, enquanto o
pai tentava socorrer a filha.
Texto Anterior: Outra perícia: Peritas buscam mais detalhes sobre manchas de sangue Próximo Texto: Gilberto Dimenstein: Mãe completa Índice
|